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Arrecadação de ICMS cai em abril e Estado promete medidas emergenciais

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O tributo arrecadou R$ 1,42 bilhão, ante R$ 2,02 bilhões no ano passado   |   Bnews - Divulgação Divulgação/GovBahia

Publicado em 11/06/2020, às 11h48   Redação BNews


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A pandemia do coronavírus causou um forte impacto sobre as contas públicas. No mês de abril houve uma queda arrecadação do principal imposto estadual, o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que registrou perda de 29,8% em comparação com o mesmo mês em 2019. 

O tributo arrecadou R$ 1,42 bilhão, ante R$ 2,02 bilhões no ano passado. O IPVA caiu 28%, e o ITD, imposto sobre heranças e doações, perdeu 58,6%.  A Bahia, no entanto, já vinha se preparando para este cenário, e tem aprofundado medidas emergenciais para garantir o funcionamento da administração. 

Desde que foram registrados os primeiros casos da Covid-19, o governo baiano colocou em prática uma agenda destinada a minimizar as perdas na arrecadação e a reduzir os gastos, com base nas diretrizes do decreto 19.551/20, assinado pelo governador Rui Costa no dia 20 de março. 
“O cenário atual é inédito por envolver crises simultâneas na saúde e na economia, mas estamos trabalhando, sob a liderança do governador, para preservar o funcionamento do Estado, o que inclui uma série de medidas de redução dos gastos, o redirecionamento das atividades do fisco em função das áreas que mantiveram a atividade econômica e a renegociação de contratos, inclusive os de operações de crédito”, explica o secretário da Fazenda do Estado, Manoel Vitório. 

Déficit

Mesmo com os repasses provenientes do Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus, que só começaram a chegar esta semana, a Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-Ba) ainda projeta um déficit estimado em R$ 1,5 bilhão em 2020. 

Redução de gastos

A partir de março, todos os órgãos do governo foram instados a promover a revisão dos contratos em vigor e das licitações em curso, com vistas à redução dos preços e à determinação de prioridades, a suspender a celebração de novas contratações e de aditivos contratuais e a diminuir os gastos de custeio. 

As medidas voltadas para evitar acréscimos nas despesas públicas são monitoradas pela Coordenação de Qualidade do Gasto Público, instituída na Secretaria da Fazenda pela reforma administrativa promovida no início da primeira gestão do governador, em 2015.

Combate à pandemia

Ao esforço para economizar, contrapõem-se as despesas crescentes no combate à pandemia. A Bahia já contabiliza um gasto total de R$ 704,4 milhões, havendo mais cerca de R$ 173 milhões projetados para as próximas semanas, totalizando R$ 877 milhões. Os gastos ocorrem não apenas na área de Saúde, como nas de Educação, Justiça e Direitos Humanos, Administração Penitenciária, Administração e Segurança Pública, incluindo as polícias Militar e Civil e no Corpo de Bombeiros.

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