Economia & Mercado

Dívida pública do Brasil passa de R$ 4,5 trilhões

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O custo médio para o Tesouro Nacional aumentou e o prazo médio para o país honrar compromissos diminuiu   |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Publicado em 27/10/2020, às 18h03   Redação BNews



A dívida pública do Brasil registrou um aumento de 2,6% em um mês e passou a marca de R$ 4,5 trilhões em setembro, segundo reportagem da Folha de S.Paulo. Por conta das incertezas de investidores, o custo médio para o Tesouro Nacional aumentou e o prazo médio para o país honrar compromissos diminuiu. 

De acordo com a Folha, os números são registrados no momento em que o país vê aumento expressivo na necessidade de recursos, enquanto investidores manifestam incertezas sobre o direcionamento da política fiscal brasileira e sobre novas ondas do coronavírus pelo mundo.

Por conta desse aumento da dívida, o mercado cobrou taxas maiores para emprestar ao país no longo prazo. "Esse aumento na curva de juros acaba se refletindo nos leilões do Tesouro. Tivemos em setembro títulos com taxas mais altas do que em meses anteriores", afirmou Luis Felipe Vital, coordenador-geral de operações da dívida.

No acumulado dos últimos 12 meses, o custo médio do estoque teve aumento de 8,54% no mês de agosto para 8,72% ao ano em setembro. 

Ainda de acordo com informações da Folha de S.Paulo, enquanto títulos com prazo de dois anos saíram no fim do mês com taxas de 4,57% ao ano, contribuindo para valores médios de emissão ainda historicamente baixos, papeis de dez anos saíram a 7,67% ao ano.

Com isso, o Tesouro tem procurado emitir títulos a prazos mais curtos. O prazo médio da dívida pública apresentou redução, de 3,9 anos, em agosto, para 3,83 anos, em setembro.

O percentual de vencimentos para os próximos 12 meses apresentou aumento de 21,65% em agosto para 26,03% em setembro.

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