Economia & Mercado

Em crescente desvalorização, dólar pode alcançar até R$ 4,20 nos próximos meses

Agência Brasil
Para confirmação da projeção, é necessário que a moeda feche abaixo de R$ 5,09  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 08/12/2020, às 08h29   Redação BNews


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O dólar teve queda de 1,8%, nesta segunda-feira (7), sendo negociado a R$ 5,057 na cotação mínima do dia e obtendo leve acréscimo no fechamento, com baixa final de 0,02%. Mas, em razão da desvalorização que acompanha a moeda norte-americana desde novembro, especialistas projetam que, nos próximos meses, o dólar possa alcançar entre R$ 4,20 e R$ 4,50, o que daria uma queda de até 18% frente ao patamar atual.

Isso porque, embora a moeda tenha perdido força no curto prazo, ainda sustenta uma linha de tendência de alta no longo prazo, configurada pela formação de topos e fundos ascendentes. Essa linha está atualmente em R$ 5,09 patamar perdido nesta segunda no movimento intradiário. Para confirmação, é necessário que a moeda feche abaixo dessa região. 

Em entrevista à Exame, José Faria Júnior, diretor da Wagner Investimentos, que assina o relatório, disse que o momento é de atenção. “Entre as moedas analisadas pelo modelo, o dólar sobe no longo prazo apenas contra as moedas de Rússia, Turquia e Brasil. Assim, mesmo perto de 5,10 reais, o real está caro em relação a moedas emergentes (como México, África do Sul e Chile) e em relação a moedas de países exportadores de commodities (Austrália, Nova Zelândia e Canadá)”, comentou.

Ainda segundo ele, é difícil dizer até onde a moeda poderá cair caso reverta essa tendência de alta, uma vez que a linha de projeção da queda de longo prazo está muito baixa, em R$ 4,05, em razão da grande volatilidade do passado. Embora não aponte que vá chegar até lá, ele explicou que o rompimento de uma tendência de longo prazo sempre gera um grande movimento. 

O especialista também confirmou que é bem razoável considerar algo em torno de 4,20 a 4,50 reais para a cotação nos próximos meses. “Apenas para acompanhar a alta das moedas do México e da África do Sul, tendo por base a mínima de maio, teríamos que estar em 4,50 reais hoje”, disse. Por fim, para ele, o desarme do mercado de juros e a forte entrada dos estrangeiros para a bolsa podem provocar a reversão da tendência de longo prazo de alta.

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