Economia & Mercado

Levantamento feito pela FIEB aponta queda de 4,7% no PIB da Bahia em 2020

Antônio Cruz/Agência Brasil
Se a perda econômica for confirmada, essa será a segunda maior redução deste índice registrada desde a revisão metodológica feita em 2003  |   Bnews - Divulgação Antônio Cruz/Agência Brasil

Publicado em 08/12/2020, às 21h08   Redação BNews



A Gerência de Estudos Técnicos da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) elaborou um documento que prevê queda de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado em 2020. Se a perda econômica for confirmada, essa será a segunda maior redução deste índice registrada desde a revisão metodológica feita em 2003 - em 2016 o encolhimento foi de 6,2%.

Segundo a instituição, o maior impacto da epidemia se deu no trimestre abril-junho, que apresentou queda de cerca de 21% na comparação com igual período de 2019. A recuperação foi observada em julho, chegando em setembro a um patamar semelhante ao de 2019. Apesar da projeção negativa, no entanto, esta é consideravelmente melhor do que aquela que a Federação fez no início da pandemia, quando os dados apontavam para uma diminuição bem maior, de 7,2%. 

De acordo com o especialista em Desenvolvimento Industrial da FIEB e coordenador do estudo, Danilo Peres, o que mais contribuiu para o resultado foi uma reação da construção civil. "Embora a indústria geral termine o ano estável, identificamos uma reação da construção civil, que voltou a crescer a partir do segundo semestre, revertendo uma estimava de queda de 6,1% em crescimento de 2,2%. Além disso, a indústria de transformação, apesar deste ano difícil, também deve apresentar crescimento nos principais setores da economia baiana, a exemplo de refino, química, celulose e alimentos", explica. 

O Relatório Técnico Estimativas do PIB da Bahia 2020, mostra que até o primeiro trimestre a indústria estava crescendo acima do ano passado, puxada pela alta da produção de Refino, Celulose e Alimentos. A partir de abril percebem-se efeitos mais impactantes da chegada do Covid-19. “No período mais crítico da pandemia, os impactos foram muito altos, de difícil reversão ao longo dos meses seguintes”, destaca Danilo Peres. 

Para elaboração das estimativas contidas no documento, utilizou-se como ponto de partida a estrutura do PIB de 2019, calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI/SEPLAN-BA), além e dados da própria SEI, PIM-PF e Valor Bruto da Produção Agrícola, do IBGE, ANP, e Nova Caged /Ministério da Economia.

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