Economia & Mercado

Medidas da prefeitura "vão frutificar" e Salvador voltará a ter maior PIB do Nordeste, avalia secretário

Arquivo/BNews
Pela primeira vez em 16 anos, capital baiana deixou o posto de maior economia da região   |   Bnews - Divulgação Arquivo/BNews

Publicado em 18/12/2020, às 18h05   Léo Sousa



Na avaliação do secretário Sergio Guanabara, de Desenvolvimento e Urbanismo, o "desalinhamento" político da prefeitura com o governo do estado é um dos fatores que explicam a perda de posto de Salvador como cidade com maior PIB do Nordeste.

Segundo levantamento do IBGE divulgado na quarta-feira (16), a capital baiana foi ultrapassada no ranking por Fortaleza (CE). É a primeira vez, desde o início da série histórica, em 2002, que a cidade não aparece como a principal economia da região. A pesquisa, referente a 2018, aponta que neste ano Salvador produziu R$ 63,5 bilhões de riqueza, enquanto a capital cearense gerou R$ 67 bilhões.

Na visão de Guanabara, um alinhamento político entre os governos estadual e municipal "naturalmente" favorece o desenvolvimento de uma cidade.

"Em relação à direção econômica, não há esse alinhamento entre o governo e a capital", disse, em entrevista ao BNews, ao avaliar que a gestão do estado adotou uma política de "desconcentração econômica", favorecendo investimentos em outras regiões, como o centro-oeste da Bahia.

O secretário, no entanto, diz acreditar que Salvador pode voltar a ser a maior economia do Nordeste nos próximos levantamentos. Ele argumenta que as medidas implementadas no plano macroeconômico criado pela prefeitura em 2017, Salvador 360, "vão frutificar" a partir de 2019, ano seguinte ao da pesquisa divulgada nesta semana.

De acordo com o IBGE, a perda de posição da capital baiana se explica, em parte, pela retração nominal da indústria na cidade e, "de forma mais importante", pela queda da participação do setor de serviços soteropolitano no país, na região e no estado.

"Nosso PIB é composto 63% pelo setor de serviços. A indústria e o comércio, aproximadamente 36%. Então Salvador é uma cidade vocacionada para o setor de serviços. É nesse ponto que a gente vem trabalhando ao longo desse tempo. Procurando também intensificar mais o setor industrial. Salvador não é uma cidade vocacionada para a indústria. É isso que a gente está fazendo", afirma Sergio Guanabara.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp