Economia & Mercado

Mesmo com pandemia, vendas para o Natal devem aumentar até 2,4% em relação ao ano passado, diz Sindlojas

Vagner Souza/ BNews
Móveis e eletrodomésticos estão entre os produtos mais procurados  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 19/12/2020, às 12h06   Gabriel Moura


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A pandemia afetou as vendas das lojas físicas durante todo o ano, mas no Natal os lojistas devem ter parte do prejuízo recuperado, com a data comemorativa podendo ter um desempenho ainda melhor que em 2019. Ao menos é essa a expectativa de Paulo Motta, presidente do Sindicato dos Lojistas de Comércio de Salvador (Sindlojas).

Em entrevista ao BNews, Motta projetou um aumento entre 2 e 2,4% nas vendas das lojas físicas em relação ao ano passado. O desempenho melhor, na visão dele, deve ficar com o e-commerce, que deve subir 15%.

"Será um crescimento tímido este ano por conta de tudo que estamos vivendo. É um ano atípico", explica o presidente do Sindlojas.

O desempenho também irá depender do segmento de cada loja. Com as festas de Natal e Reveillón proibidas em muitos lugares, o setor de vestuário deve ter uma grande queda, enquanto o setor de bens duráveis, como móveis e eletrodomésticos, deve ter o melhor desempenho.

O Bnews conversou neste sábado (19) com lojistas e vendedores da Avenida Sete, que confirmaram a expectativa de Paulo Motta. Demétrio Maronato, gerente de loja de móveis, disse que o estabelecimento teve um desempenho superior ao esperado.

"Esse mês foi muito bom. A expectativa para o Natal não está tão boa quanto em anos anteriores, mas as vendas de dezembro estão muito melhores que os outros meses do ano. Neste ano a gente esperava uma venda bem abaixo por causa da pandemia, mas a realidade está se mostrando melhor do que a gente estava esperando. A empolgação para o Natal não está havendo, mas as pessoas não estão deixando de comprar móveis para arrumar a casa", explica o gerente.

Demétrio está animado com as vendas para o Natal (Foto: Vagner Souza / BNews)

Já Diógenes, vendedor de uma loja de moda, diz que as vendas neste Natal caíram 12% em relação ao mesmo período do ano passado - isso sem levar em conta a inflação.

"A gente esperava um movimento maior, mas com essa segunda onda do covid-19 as pessoas estão preferindo ficar em casa e comprar on-line. Uma mercadoria que ano passado custava R$ 35 agora está por R$ 55. O preço aumenta em questão de dias. Estamos tentando não repassar esse valor para os clientes para as vendas não caírem ainda mais, mas não dá para segurar muito, se não ficamos no prejuízo", lamenta.

Já na loja onde Diógenes trabalha o movimento está abaixo do esperado (Foto: Vagner Souza / BNews)

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