Economia & Mercado

Após fim do auxílio emergencial, poupança tem pior resultado em 26 anos

Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Com as flexibilizações do isolamento social e a reabertura dos comércios, a população passou a sacar mais recursos da poupança   |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Publicado em 04/02/2021, às 18h43   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

A diferença entre depósitos e saques na poupança foi negativo no mês de janeiro, pela primeira vez desde o início da pandemia da Covid-19. De acordo com informações do Banco Central, divulgadas nesta quinta-feira (4), as retiradas superaram as entradas em R$ 18,1 bilhões no período, pior valor da série histórica iniciada em janeiro de 1995.

Com a chegada do vírus no Brasil, no mês de março, a caderneta registrou valores elevados em captação líquida nos meses seguintes, em comparação ao restante da série. O movimento de alta foi registrado por conta do auxílio emergencial, pago por meio de conta-poupança digital da Caixa Econômica Federal. Este é o primeiro  mês em que a população não conta com o socorro.

Após as flexibilizações do isolamento social e a reabertura dos comércios, a população passou a sacar mais recursos da poupança, o que contribuiu para a queda da captação líquida.

Em janeiro os brasileiros depositaram R$ 244,9 bilhões na poupança e sacaram R$ 263 bilhões.

Segundo a Folha de S.Paulo, o saldo, que é todo o montante investido na modalidade, mesmo com captação negativa, permaneceu superior a R$ 1 trilhão no mês. O estoque alcançou a marca pela primeira vez na história em setembro.

Em abril, no ápice da pandemia, a poupança bateu recorde, com R$ 30,4 bilhões. O resultado foi superado em maio, com R$ 37,2 bilhões, o maior da série histórica até agora.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp