Economia & Mercado

"Esperávamos retração maior", diz presidente do BC sobre impacto na economia após fim do auxílio emergencial

Marcelo Camargo/Agência Brasil
A declaração foi dada durante evento virtual do banco Daycoval   |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 30/03/2021, às 18h01   Redação BNews



O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira (30) que o efeito do fim do auxílio emergencial na economia foi menor que o esperado. Segundo ele, o nível de atividade surpreendeu para cima no quarto trimestre do ano passado e nos dois primeiros meses de 2021. A declaração foi dada durante evento virtual do banco Daycoval.

A expectativa do titular do BC era que após o fim do benefício pego pelo governo, o consumo diminuísse. "Tivemos diversas surpresas positivas [na atividade econômica]. O PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre veio acima do esperado e o IBC-Br (índice de atividade do BC) se recuperou quase que integralmente", disse Campos Neto.

Roberto Campos Neto disse que esperava desempenho pior da economia com o efeito do fim do benefício, pago pelo governo até dezembro. "Esperávamos retração maior com efeito do fim do auxílio em janeiro e fevereiro. Curiosamente janeiro veio forte [IBC-Br] e os dados que temos até agora de fevereiro também. Isso indica que temos um crescimento mais resiliente mesmo com a retirada parcial do auxílio", avaliou.

Ainda de acordo com o executivo, "nesse cenário, o impacto do fim do auxílio foi menor que o esperado", completou.

Sobre os indicadores, Campos Neto disse que ainda não mostraram os efeitos da piora na pandemia e dos novos lockdowns, mas ressaltou que o cronograma de vacinação deve avançar no segundo semestre. "Temos uma projeção para o primeiro semestre um pouco pior que a do mercado, por uma uma incerteza grande em março, abril e maio", afirmou.

A expectativa é que o segundo semestre seja ainda melhor. "Entendemos que com a reabertura da economia e com o cronograma de vacinação, o segundo semestre será mais forte", disse.

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