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Comércio baiano conclui primeiro semestre de 2021 com faturamento de R$ 9,7 bilhões

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As vendas subiram 22,8% nesse período  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 16/08/2021, às 16h25   Redação BNews


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O comércio baiano faturou R$ 9 bilhões em junho. O resultado representa uma alta anual de 24,4%, segundo o levantamento realizado pela Fecomércio-BA com base em dados do IBGE. Mesmo comparando com a situação antes da pandemia, em junho de 2019, o saldo também foi positivo: 11,3%.

As vendas subiram 22,8% no fechamento do semestre, o que corresponde, em termos monetários, R$ 9,7 bilhões a mais circulando no varejo baiano no período.

O consultor econômico da Fecomércio-BA, Guilherme Dietze, explicou que dois grupos ainda não conseguiram superar o faturamento pré-pandemia, vestuário e calçados (-31,7%) e outras atividades (-7%).

“O primeiro sofre com a dificuldade de inserção dos produtos no mercado digital e conta com a redução da necessidade das pessoas na renovação de guarda-roupa. Já o segundo que, em grande parte, é influenciado pelas vendas de combustíveis como gasolina e gás, tem o impacto da redução de circulação de veículos em relação aos períodos anteriores a pandemia”, detalhou Dietze.

As joalherias e lojas de artigos esportivos foram outros grupos que impactados pelas restrições da pandemia, que alteraram o funcionamento e a movimentação de pessoas. Já no lado positivo, em comparação com 2019, o setor de materiais de construção teve uma alta de 44,7% e um faturamento de R$ 764 milhões. 

“Na sequência vem as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos com variação de 36,3%. Parte do crescimento vem de fato pelo aumento da demanda, porém há o aumento dos preços destes tipos de produtos que subiram muito acima da inflação média geral e que influencia no faturamento mais alto”, destacou o economista.

Ele citou que as lojas de móveis e decoração também se destacaram, cresceram 28,1% na comparação com junho de 2019. Estão na faixa dos 20% veículos e motos (23,2%) e farmácias e perfumarias (20,4%).

Supermercados, por sua vez, registraram um faturamento de R$ 1,3 bilhão, alta de 2,5% em relação a 2019. “Esse setor foi o único que retraiu na comparação com 2020, pois no ano passado o desempenho foi muito favorável. Ou seja, a queda anual não significa que o setor está indo mal, pelo contrário, está faturando próximo das máximas históricas”, acrescentou o especialista.

O alto nível do desemprego e a inflação continuam sendo grandes desafios, pois influenciam no poder de compra das famílias. “A inflação será um limitador para o crescimento do comércio, pois não se trata de uma questão pontual, de curto prazo, mas um problema estrutural, o que deve continuar pesando no bolso, pelo menos, até o próximo ano”, avisou.

Os dados do semestre possibilitam que o mercado faça uma projeção preliminar do final do ano. Os cálculos apontam que o comércio deve encerrar 2021 com crescimento de 11,7%. No ano passado, houve uma queda de 7%. Estima-se também que as vendas em dezembro, mês do Natal, devem subir 8,2%.

“Portanto, sob qualquer ótica, os números são favoráveis. É a recuperação do comércio que contribuirá para a retomada da economia e do emprego, variável essencial para dar sustentação de longo prazo para o consumo no Estado”, finalizou.

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