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OAS é alvo de novo pedido de falência

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Publicado em 20/10/2021, às 11h50   Redação BNews


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Apesar de ter conseguido sair da recuperação judicial, a OAS (atual Metha) continua enfrentando na Justiça credores que cobram suas dívidas com a empresa. A mais recente movimentação aconteceu nesta terça-feira (19), pela 3A Participações, que pediu o reconhecimento de uma dívida no valor de R$ 1,12 milhão, corrigido para R$ 1,36 milhão com a inflação atual.

Segundo a 3A Participações, foi firmado contrato entre as partes e junho de 2016, de cessão onerosa de área para implantação de depósito de material excedente decorrente da execução de obras do trecho norte do Rodoanel Mario Covas, em São Paulo. 

A OAS teria se comprometido ao pagamento de R$ 4,40 por metro cúbico de material depositado no local, mas teria deixado de pagar os valores referentes ao período de fevereiro de 2017. As informações são da Valor Econômico.

A ação já transitou em julgado e, portanto, não cabe mais recurso à defesa.

A Justiça determinou que a OAS indicasse bens à penhora, mas a companhia informou que não possui bens livres para a indicação. Diante do impasse,a 3A optou pela abertura do pedido de falência.

O advogado da 3A, Carlos Eduardo Truite Mendes, do escritório CH Law, afirmou que mesmo após decretado o fim da recuperação judicial da construtora OAS, a companhia continua apresentando resistência ao pagamento de suas dívidas. 

“Agora a estratégia utilizada é outra: mudou de nome. Apresenta-se como Metha perante o mercado (com um CNPJ novo, inclusive), mas para seus credores ainda prega ser a antiga OAS, sem nenhum prestígio e esvaziada patrimonialmente em decorrência de seu envolvimento na Operação Lava-Jato”, afirma.

O grupo OAS encerrou em 2020 a sua recuperação judicial e passou a se chamar Metha. A empresa foi procurada pelo Valor Jurídico, mas não quis comentar sobre o pedido de falência.

Um pedido semelhante foi feito pela A Polimix Concreto, em 10 de outubro (processo nº 1111127-82.2021.8.26.0100). Em junho, a Owens Corning Fiberglas também pediu a falência da empresa (processo nº 1068292-79.2021.8.26.0100).

Em fevereiro tinha sido a vez da Sinnen Sistemas Integrados de Engenharia Ltda (nº 1011948-78.2021.8.26.0100) e em novembro de 2020, da Dsi Undergroud Systems Brasil Indústria e Comércio Ltda (nº 1110009-08.2020.8.26.0100). Em 2020, a FTI Consultoria também pediu a falência, mas o pedido foi resolvido em acordo extrajudicial realizado em julho (nº 1074286-25.2020.8.26.0100).

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