A disputa entre as famílias Gradin e Odebrecht deve ter novo capítulo nesta semana. Há dois anos que elas disputam o direito de vender e comprar as ações. Quem traz a nova etapa desta querela é o colunista do jornal A Tarde, Levi Vasconcelos.
Ele escreve que a pendenga entre a Kieppe (família Odebrecht) e a Graal (família Gradin) vai ter o primeiro round com as partes frente a frente. Terça-feira (31), às 10h, a juíza Maria de Lourdes de Araújo, da 10ª Vara Cível, realiza a primeira audiência de conciliação para ver de que forma as partes vão resolver a bilionária questão.
O caso, relembra o jornalista, os Gradin têm 20,6% das ações do Grupo Odebrecht. A Kieppe quer comprar o pacote por R$ 2.5 bilhões, evocando direito previsto no contrato. A Graal diz que não quer vender, ou se for o caso, quer revisão de valor e da forma de pagar.
Em termos de numerário, é a mais vultosa causa que já passou pelo Judiciário do país.
Nesta terça, continua Levi Vasconcelos, o que vai começar a ser discutido não é o mérito da questão. É, sim, como a será resolvido o problema. Existem três formas estabelecidas no contrato: a conciliação (as partes se entendem entre si), a arbitragem (cada parte indica um nome aceito por ambas e os dois indicam um terceiro nome também com a concordância de todos) ou a via Judicial (a Justiça dá a palavra final).
A Odebrecht quer a via judicial, a Gradin prefere a arbitragem.
