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Disputa por valor de ações leva grupo Odebrecht à Justiça

Imagem Disputa por valor de ações leva grupo Odebrecht à Justiça
Odebrecht teria comprado ações da família Gradin, segunda principal acionista do grupo, pela metade do preço  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 11/01/2011, às 11h30   Redação Bocão News



Em 7 de dezembro de 2010, a família Gradin, um dos maiores acionistas do grupo Odebrecht, entrou com um processo na Justiça do Estado da Bahia contra os principais controladores - a família Odebrecht - do grupo empresarial baiano. A informação foi divulgada pelo Valor Econômico na sua edição desta segunda-feira (10).

De acordo com a reportagem, a ação foi movida pela Graal Participações, empresa da família Gradin, que detém 20,6% de participação no conglomerado Odebrecht.

Os Gradin questionam o valor das suas ações fixado pela Odebrecht. Conforme reportagem publicada na revista “Veja” deste fim de semana, as ações da família Gradin teriam sido avaliadas em US$ 1,5 bilhão, valor considerado injusto, já que elas valeriam o dobro, US$ 3 bilhões, segundo os Gradin.

No processo os Odebrecht são representada pela Kieppe Participações, que controla 62,3% da Odebrecht Investimento, holding que mantém o controle de todos os negócios do grupo.

Há dez anos o banco Credit Suisse, em acordo com os acionistas do grupo, avalia anualmente o valor de mercado do conglomerado. Essa avaliação faz parte de um acerto que permite que os Odebrecht possam adquirir as ações dos controladores minoritários.

Em outubro do ano passado, durante reunião do conselho, foi firmado um acordo de venda das ações detidas pela família Gradin e outros minoritários na Odebrecht Investimento. Houve um impasse.

Conforme a Graal Participações, a ação foi proposta pelo fato de as empresas não terem chegado a um acordo para resolver o impasse. No processo, a Graal argumenta ter "tentado, sem êxito, buscar solução consensual, enviando ao grupo diversas correspondências".

Explica, ainda, que a família Gradin decidiu buscar a solução no âmbito judicial, medida prevista na “hipótese de dúvidas e divergências, a questão poderia ser solucionada por mediação ou arbitragem”.

Segundo o  Valor , procurado, o grupo Odebrecht informou que não há litígio entre as famílias Gradin e Odebrecht, mas um porta-voz confirmou a abertura do processo.

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