Economia & Mercado

Dilma libera mínimo mais alto, porém com corte em 2012

Publicado em 26/01/2011, às 10h15   Redação Bocão News


FacebookTwitterWhatsApp

A presidente Dilma Rousseff resolveu adiar as negociações sobre o salário mínimo para o início dos trabalhos do Congresso. Mas, orientou a equipe a aceitar, no máximo, R$ 550,00. Caso contrário, os cortes no Orçamento em 2012 terão de ser elevados, afetando ainda mais os investimentos de interesse dos ministros e dos partidos.

De acordo com a Folha de São Paulo, a orientação para a reunião desta quarta-feira (26), com representantes das centrais sindicais é que não avance na negociação sobre o valor até aqui definido pelo governo, de R$ 545,00. A estratégia é não ceder no primeiro momento, alertando os sindicalistas que qualquer reajuste acima do determinado será descontado no próximo ano, quando terá o próximo.

Estimativas apontam que um mínimo de R$ 545,00 custaria à União cerca de R$ 8 bilhões a mais de gastos, valor quase totalmente previsto no Orçamento. Subindo para R$ 550,00, o gasto adicional no Orçamento ficaria na casa de R$ 1,4 bilhão. Se subir para R$ 580,00, como defendem os sindicalistas, a despesa a mais seria de R$ 10 bilhões, considerada inviável pela presidente diante da necessidade de fazer um ajuste fiscal agora.

Além do salário mínimo, a presidente vai acenar aos sindicalistas que aceita reajustar em 6,46% a tabela do Imposto de Renda, desde que desistam da proposta de reajustar o mínimo para R$ 580,00. Quanto ao reajuste de 10% para os aposentados que ganham acima do mínimo, Dilma disse que não fará concessões e vai reajustar os benefícios com base na inflação de 2010 (6,46%).

O problema é que, se a regra de reajuste do mínimo for mantida (com base no crescimento da economia de dois anos antes mais a variação da inflação), o valor de 2011 não teria reajuste real, já que a economia não cresceu em 2009, ano da crise global. Em 2012, a previsão é de um aumento na casa de 13% - com uma inflação esperada em 2011 acima de 5% e um crescimento do PIB em 2010 superior a 7%.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp