Nordestina: diamantes já serão extraídos no ano que vem

Já no próximo ano, a mineradora canadense Lipari Mineração fará a extração de diamantes no município. De acordo com o prefeito, Wilson Matos (PSD), os canandenses tiveram no município na semana passada e anunciaram que trarão máquinas e técnicos sul-africanos.

A empresa fará um buraco de 340 metros de diâmetro por 250 de profundidade e túneis de até 3km. A canadense já arrecada R$ 1,2 milhões por mês, e com a nova extração poderá chegar até R$ 2 milhões.

A companhia, comandada pelo geólogo canadense Kenneth Johnson, já aplicou R$ 60 milhões na unidade e até o ano que vem deve aplicar mais R$ 30 milhões.

Negócio rentável - Um quilate de diamante de rocha kimberlítica é negociado, hoje, a cerca de US$ 310. O kimberlito é uma rocha rara, que forma o manto da terra. Chega à superfície após uma erupção vulcânica. Foi nessas explosões, ocorridas há bilhões de anos, que o kimberlito trouxe para próximo da superfície terrestre os diamantes. Desde então, por meio da erosão natural do solo, os diamantes podem se soltar e chegar até aluviões de rios, onde são encontrados na maior parte das vezes.

Produção atual - O Brasil, até agora, tem "produzido" diamantes dessa forma, tendo produção anual de 47 mil quilates, estimada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), cerca de 0,04% de todo o diamante explorado no mundo. Agora, apenas a produção de Nordestina deve multiplicar por cinco a oferta nacional de diamantes, aumentando também o valor do minério, uma vez que não é oriundo de aluviões, mas de fonte primária – da própria rocha.