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Luiz Batista pode ganhar mais poder no comando da Máquina de Vendas

Imagem Luiz Batista pode ganhar mais poder no comando da Máquina de Vendas
Holding foi criada após a fusão das redes Insinuante e Ricardo Eletro  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/10/2013, às 12h13   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Criada após a fusão das redes Insinuante e Ricardo Eletro, a Maquina de Vendas tem dois donos – Ricardo Nunes e Luiz Batista-, com poderes semelhantes. Mas o quadro pode mudar, de acordo com informações publicadas pela revista Exame, nesta semana.
Criada há três anos, a Máquina de Vendas é a terceira maior varejista de eletroeletrônicos do país e deve ter receita líquida de cerca de 7,5 bilhões de reais em 2013. Foram anos turbulentos, em que maus resultados se somaram à condenação em primeira instância de Nunes por subornar um fiscal da Receita Federal em 2011.
A holding passa por uma transformação profunda — que, caso seja concluída, tirará muito da influência de Ricardo Nunes e fará de Luiz Batista a face preponderante da empresa. Após um longo processo, os sócios finalmente concluíram a formação de uma holding, constituída no dia 8 de agosto.
A criação da holding é apenas uma etapa, talvez a mais visível, num processo que está longe de acabar. Em 2010, quando anunciaram a criação da Máquina de Vendas, Nunes e Batista afirmaram que a empresa teria controle compartilhado e que caberia ao mineiro a presidência e o comando da política comercial, enquanto Batista ficaria na retaguarda.
Em julho, o banco Bradesco foi contratado pelos sócios para organizar a venda de uma participação na Máquina de Vendas para um fundo de investimento. Foram contatados Gávea, Advent, Carlyle, TPG e KKR, entre outros. Segundo executivos de três fundos que negociaram com a empresa, o objetivo do processo é diminuir a participação acionária de Ricardo Nunes — e, ao fim, transformá-lo num acionista minoritário com menos poderes.
Para os sócios, é um passo para a sonhada abertura de capital. A condenação de Nunes a três anos de prisão por corrupção ativa poderia atrapalhar a abertura, já que criaria um problema de imagem perante potenciais investidores. Nunes, que está recorrendo da condenação, tem 47% das ações; e três membros da família Batista, 53%.
Pelo que foi proposto aos fundos, o mineiro venderia até metade de suas ações. Procurado, Nunes diz que, como é o maior acionista individual, é natural que venda mais ações do que os demais — sua participação poderia chegar a 27% ao fim do processo.
A empresa planeja atingir uma geração de caixa de 380 milhões de reais em 2013 — caso consiga, terá margem operacional pouco inferior à da rival Viavarejo, que se prepara para a abertura de capital. Será sinal de que a máquina de vender está aprendendo, três anos depois, a lucrar também.

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