Economia & Mercado
Publicado em 13/06/2023, às 13h54 Cadastrado por Sanny Santana
As ações da Americanas subiram 20% após a divulgação detalhada dos resultados preliminares da investigação independente que vem sendo feita sobre a fraude que abriu um rombo bilionário nas finanças da varejista.
O realatório, apresentado pelo Conselho de Administração da companhia, mostra um esquema de contratos sem a efetiva contratação de fornecedores e com participação dos diretores, incluindo o ex-CEO Miguel Gutierrez. No pico da alta na Bolsa, os papéis alcançaram a máxima de R$ 1,38, valorização de 18,97%.
Clique aqui e se inscreva no canal do BNews no Youtube!
Os documentos analisados informam que "as demonstrações financeiras da companhia vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior" e afirmam que "os esforços da diretoria anterior para ocultar do Conselho de Administração e do mercado em geral a real situação de resultado e patrimonial da companhia".
Gutierrez comandou a Americanas por cerca de 20 anos e deixou a companhia no fim do ano passado. Além dele, a investigação indicou a participação de outros diretores, já afastados, na fraude. São eles:
De acordo com o relatório, a fraude aconteceu por um período "significativo" e atingiu, em números preliminares e não auditados, o montante de R$ 21,7 bilhões em 30 de setembro de 2022.
Ainda segundo o comunicado, foram identificados diversos contratos de verba de "propaganda cooperada" e instrumentos similares (“VPC”), que teriam sido artificialmente criados para melhorar os resultados operacionais da companhia.
Contratos fictícios
Contratos fictícios eram lançados em balanço como redutores de custo. Mas, segundo o relatório, não havia a efetiva contratação de fornecedores. O relatório explica a maneira como essas operações foram descriminadas nos balanços da companhia.
Ainda é informado no documento que as contrapartidas contábeis para esses contratos "se deram majoritariamente na forma de lançamentos redutores da conta de fornecedores, totalizando, em números preliminares e não auditados, R$ 17,7 bilhões em 30 de setembro de 2022".
A diferença de R$ 4 bilhões teve como contrapartidas lançamentos contábeis em outras contas do ativo da companhia, diz o documento.
A investigação apontou ainda que, como forma de gerar o caixa necessário para a continuidade das operações da Americanas, a diretoria anterior contratou uma série de financiamentos "sem as devidas aprovações societárias e todas inadequadamente contabilizadas no balanço patrimonial da companhia de 30 de setembro de 2022 na conta fornecedores".
De acordo com a Americanas, "a indevida contabilização dessas operações de financiamento nos demonstrativos financeiros não permitiu a correta determinação do grau de endividamento da companhia ao longo do tempo".
As informações são do O Globo.
Classificação Indicativa: Livre
Cinema em casa
iPhone barato
Metade do preço
Limpeza fácil
Tela dobrável