Economia & Mercado
Publicado em 04/10/2023, às 21h44 Cadastrado por Victória Valentina
A rede de livrarias Saraiva, em recuperação judicial, protocolou, nesta quarta-feira (4), seu pedido de autofalência na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo.
No mesmo comunicado, ela disse ainda que a RSM Brasil Auditores Independentes não presta mais serviços de auditoria à rede. Quando entrou em recuperação judicial, em 2018, a empresa tinha dívidas que somavam R$ 675 milhões, com 1,1 mil credores. No final de setembro, encerrou as atividades em todas as lojas físicas, demitindo todos os funcionários e mantendo apenas as vendas online.
No segundo trimestre, o prejuízo operacional da empresa atingiu R$ 11 milhões, 16% maior do que o registrado no ano anterior. A receita das lojas físicas havia caído 60,2% e, nos três meses entre abril e junho, o faturamento do site somou apenas R$ 128 mil, o equivalente a R$ 1,4 mil por dia, um recuo de 78% sobre o mesmo período de 2022.
A Saraiva se consolidou, por anos, como a maior rede de livrarias do país, chegando a ter mais de cem lojas. Foi fundada por Joaquim Inácio da Fonseca Saraiva, em 13 de dezembro de 1914, e completaria 110 anos no final de 2023.
A falência deve ser formalizada pela Justiça. Posteriormente, o administrador judicial da companhia vai se desfazer dos bens e distribuí-los entre os credores. No caso, a prioridade será dada às dívidas trabalhistas, seguidas pelas com o Fisco.
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