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BNews Mineração: Beleza natural da Chapada Diamantina corre risco de modificações; entenda

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Empresas internacionais mostram interesse na exploração de minerais da Chapada Diamantina  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Pixabay

Publicado em 06/12/2024, às 08h03 - Atualizado às 08h31   Publicado por Vagner Ferreira



A Chapada Diamantina é conhecida, em todo o país, pelas suas belezas naturais. A região, rica em ferro e ouro, destaca - se pelos parques nacionais, cachoeiras e preservação ambiental. Entretanto, segundo informações do portal Terra, a área corre o risco de ter suas paisagens modificadas, devido aos interesses de empresas internacionais na exploração de minerais do território.

A região sudoeste da Chapada é a que mais está sob ameaças de modificações, especialmente pelas suas jazidas de minério de ferro, de ouro e quartzo, despertando interesses de mineradoras internacionais. 

Já há, inclusive, expectativas de leilões de lotes para exploração na área. Com isso, possivelmente, as matas devem ser destruídas e os vales podem ser contaminados com os destroços, sem falar nas construções de estradas para a circulação de caminhões. Em contrapartida, as mineradoras defendem que a movimentação trará emprego e renda para a população local. 

Mas, uma das consequências pode ser sentida por moradores do Quilombo Bocaina, localizado no município de Piatã. A região se destaca pelo cultivo de cana-de-açúcar, abacaxi, maracujá, mandioca, batata, feijão e da criação de gados.

No entanto, cerca dos 250 habitantes já sentem as mudanças com a exploração de minério e ferro, realizada pela empresa britânica Brazil Iron, que iniciou as operações em 2011.

Uma das moradoras, Catarina Oliveira, de 52 anos, disse que o cenário local foi demolido e a vegetação passou a ficar cinzenta. "As constantes explosões deixaram as nossas casas cheias de rachaduras”, reclama, em reportagem do portal Terra.

"Embora a minha casa esteja a vários quilômetros da mina, a poeira penetrou por cada abertura, se depositou nos móveis, cobriu o chão, emporcalhou as roupas", acrescentou.

Além da poeira, Catarina disse que a área começou a ter muito barulho, pois as operações funcionavam 24 horas e os caminhões não paravam de passar pelas estradas. 

Com as chuvas, os resíduos das minas eram jogados noafluente do Rio de Contas e, então, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) optou por parar temporariamente com as atividades."Desde então, a gente tem um pouquinho de tranquilidade", disse Catarina. 

A empresa, no entanto, está se mobilizando para voltar com as atividades. De acordo com informações da BBC, há ainda cerca de outros 30 requerimentos de ampliação da mina na região. 

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