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BNews Mineração: Mineradora australiana desafia domínio da CBMM e entra na disputa pela extração de nióbio no Brasil

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A mineradora St. George inicia processo de extração de nióbio em Araxá, desafiando o monopólio da família Moreira Salles  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Freepik
Redação Bnews

por Redação Bnews

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Publicado em 14/01/2025, às 12h30



A mineradora australiana St. George busca romper o monopólio da família Moreira Salles na extração de nióbio em Araxá, localizada a 360 km de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

A família controla a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), responsável por 80% do mercado mundial do metal. Motivada por esse potencial, a St. George iniciou em 2024 o processo de aquisição para exploração de nióbio na região e, na última terça-feira (7), lançou ações na Bolsa de Sydney, arrecadando 20 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 76 milhões).

A meta da mineradora é extrair 5 mil toneladas de nióbio por ano a partir de 2027. Apesar de o volume representar menos de 5% da produção anual da CBMM, estimada em 150 mil toneladas, a chegada da St. George desafia o domínio absoluto da empresa brasileira na região, que se mantém há mais de seis décadas.

A entrada da mineradora australiana em Araxá também busca revitalizar sua operação, após anos de queda nos valores de ativos. A St. George, que antes concentrava suas pesquisas em lítio, níquel e cobre na Austrália, decidiu investir em metais com mercados mais consolidados, como o nióbio.

O interesse no metal ganhou força após as ações de outra mineradora australiana dispararem com a descoberta de reservas no deserto australiano. Segundo Thiago Amaral, diretor da St. George no Brasil, o nióbio oferece um mercado estável e com projeções de crescimento claras.

"O nióbio traz um mercado mais estável ao longo do tempo e tem previsão de crescimento bem delineada", afirmou Amaral em entrevista à Folha de São Paulo.

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