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Confira balanço da gestão de Ricardo Alban na Fieb; baiano assume CNI nesta terça-feira (31)

Gilberto Sousa/CNI
Ricardo Alban presidiu Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) durante 9 anos  |   Bnews - Divulgação Gilberto Sousa/CNI
Beatriz Araújo

por Beatriz Araújo

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Publicado em 31/10/2023, às 07h00


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Inovação e tecnologia, essas são duas palavras que, de fato, podem resumir o que foi a passagem de Ricardo Alban pela presidência da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). Aos 64 anos e à frente da entidade desde 2014, o baiano assume, nesta terça-feira (31), a presidência da Confederação Nacional da Indústria (CNI), entidade máxima de um dos principais setores econômicos do País, para um mandato de 4 anos.

Esta é a segunda vez que um baiano assume a entidade nacional. O primeiro baiano a tomar posse na CNI foi o empresário e deputado federal Augusto Viana, há cerca de sete décadas. Vale lembrar que a chapa de Alban para a Confederação foi eleita por unanimidade, em votação realizada no dia 3 de maio deste ano.

A cerimônia que deve consagrar a posse de Ricardo Alban na CNI para o quadriênio 2023-2027, em sucessão ao atual presidente, Robson Braga de Andrade, será realizada Centro Internacional de Convenções de Brasília (CICB), em Brasília, a partir das 18h30. O BNews realizará a cobertura completa do evento.

Biografia

Formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), e Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas da Bahia, Alban trabalhou no Citibank no início dos anos 1980 e, desde 1987, é sócio-diretor da Biscoitos Tupy, tradicional fábrica de alimentos baiana fundada por sua família. Ao longo de sua trajetória profissional, se dedicou a promover a indústria por meio de participação ativa em entidades empresariais e de desenvolvimento regional.

Além da sua passagem pela vice-presidência da CNI (gestão 2018/2023); Alban também presidiu o Centro das Indústrias do Estado da Bahia (Cieb) e, atualmente, é vice-presidente da Associação Nacional da Indústria de Biscoitos; presidente do Sindicato da Indústria do Trigo, Milho, Mandioca, Massas Alimentícias e de Biscoitos do Estado da Bahia; membro do Conselho Nacional do SESI; membro da Associação Nordeste Forte; membro titular do Conselho Diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT); membro do Conselho de Administração da Renova, do Conselho de Administração da Cetrel e do Conselho Consultivo Agro da Unigel desde janeiro de 2023.

Balanço da gestão

Enquanto esteve à frente da Fieb, Ricardo Alban ampliou sua atuação expandindo as atividades da entidade para o interior do estado. Foram realizados investimentos na construção de Unidades Integradas do Sistema FIEB nas principais cidades interioranas, o que possibilitou o acesso da população dessas regiões os serviços e o know-how de inovação do SESI, SENAI, IEL E CIEB.

Com o objetivo de se aproximar mais do empresariado do interior da Bahia, Alban também teve como foco o suporte ao pequeno e médio empresário industrial. Durante a gestão do engenheiro mecânico, a Fieb abriu escritórios em diversas cidades baianas a fim de apoiar os empresários em questões ambientais, regulatórias e de crédito.

Sempre muito ligado a projetos e ações voltados para inovação e atualização tecnológica, a gestão de Ricardo Alban foi marcada pelo incentivo à implementação da indústria 4.0, começando pela transformação digital dos processos e produtos de dentro para fora.

Alban também incentivou as entidades do Sistema FIEB a investir na automação e a criarem hubs de serviços baseados em gestão de dados e sistemas de gestão avançados, nas mais diversas áreas, modernizando os processos de gestão. Como resultado destas diretrizes a inteligência artificial foi introduzida nos processos corporativos da Fieb até o final de 2023 deverá ter 15 robôs em atuação.

Outros focos da gestão Ricardo Alban estão associados ao incentivo à Pesquisa & Desenvolvimento e energia limpa. O investimento mais recente da Fieb foi trazer para a Bahia um núcleo do Observatório da Indústria, sediado na Federação. O serviço vai subsidiar o setor com informações estratégicas utilizando big data e outras ferramentas avançadas de dados.

Ainda durante a gestão de Alban, por meio do Cimatec, Cimatec Park e outras iniciativas como adesão ao Pacto Global, a Fieb contribuiu para criar na Bahia um hub para a nova indústria, baseada em inovação, P&D e energia limpa.

Um dos principais feitos da Fieb durante o comando de Alban, inclusive, é o Cimatec Park, inaugurado em 2019 numa área de 4 milhões de m² no Polo Industrial de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), onde foram investidos cerca de R$ 100 milhões, à época. O hub tecnológico abriga, dentre outros, o principal complexo de inovação da Ford: o Centro de Desenvolvimento e Tecnologia do Brasil.

Durante os 9 anos de sua gestão, Ricardo Alban seguiu o que se pode considerar as principais tendências no mundo em termos de transparência e responsabilidade social, com base nos princípios da agenda ESG. Neste sentido, a Fieb, signatária do Pacto Global, vem adotando práticas ambientais sociais, de governança corporativa e de investimento que se preocupam com critérios de sustentabilidade. A exemplo disso está a realização de investimentos em energia solar, da ordem de R$ 6,6 milhões, nas unidades do Sistema Indústria da capital e do interior do estado.

Nova gestão

Com a ida de Alban para a CNI, o engenheiro Carlos Henrique Passos deve assumir o cargo de presidente da Fieb até 2026, período no qual será responsável por liderar e representar a indústria do estado da Bahia. A escolha de Passos foi feita pela maioria dos integrantes do Conselho de Representantes da Federação, durante votação realizada na sede da entidade em julho deste ano.

Em entrevista ao BNews, nesta segunda-feira (30), Ricardo Albtrabalho que vinha realizando à frente da Fieban garantiu que Passos é um bom nome para dar continuidade ao . “Carlos Henrique Passos tem uma trajetória de sucesso na indústria, alinhada às novas diretrizes que o mundo requer, e tem uma atuação reconhecida para além da Bahia, o que faz dele um nome oportuno para conduzir o destino do Sistema FIEB diante dos grandes desafios do setor industrial”, afirmou.

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