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Contas públicas registram superávit de R$ 10,7 bi em setembro; dívida é a menor desde março

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O saldo superavitário das contas em setembro aconteceu principalmente por conta do desempenho das contas do governo federal  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 31/10/2022, às 16h32   Camila Vieira


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As contas do setor público consolidado registraram superávit primário de R$ 10,7 bilhões em setembro, informou o Banco Central nesta segunda-feira (31). As receitas tiveram impostos acima das despesas, desconsiderando os juros da dívida pública. Quando acontece o contrário, há déficit. O resultado engloba o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais. Ao mesmo tempo, a dívida pública registrou queda pelo terceiro mês seguido e atingiu o menor patamar desde março de 2020, mês em que foi decretada a pandemia da Covid-19 (leia mais abaixo).

Apesar de positivo, o resultado de setembro representa piora na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foi registrado um superávit primário de R$ 12,9 bilhões. O saldo superavitário em setembro aconteceu principalmente por conta do desempenho das contas do governo federal. 

No acumulado de janeiro a setembro, ainda segundo o BC, as contas públicas registraram um superávit primário de R$ 130,8 bilhões. Nos nove primeiros meses de 2021, houve um superávit de R$ 14,17 bilhões. O bom desempenho das contas públicas ajuda o governo a atingir a sua meta fiscal para o ano, que é de déficit de até R$ 177,490 bilhões.

Após despesas com juros - Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional – houve déficit de R$ 60,6 bilhões nas contas do setor público em setembro. Já em 12 meses até setembro deste ano, o resultado ficou negativo (déficit nominal) em R$ 410,6 bilhões, o equivalente a 4,36% do PIB.

Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores. O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto do resultado mensal das contas, das atuações do BC no câmbio, e dos juros básicos da economia (Selic) fixados pela instituição para conter a inflação. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, o maior valor em seis anos. Segundo o BC, no mês passado houve despesa com juros nominais somaram R$ 71,3 bilhões. Em doze meses até setembro, os gastos com juros somaram R$ 591,9 bilhões (6,3% do PIB).

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