Economia & Mercado
Publicado em 25/11/2024, às 08h24 - Atualizado às 08h44 Publicado por Vagner Ferreira
Financiamentos imobiliários com verbas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) apresentaram queda de 85% de crédito nos últimos dois meses para compra de imóveis antigos, conforme levantamento da Caixa Econômica Federal, através do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
De acordo com informações do jornal O Globo, o recuo aconteceu após o governo apresentar uma série de decisões com o objetivo de promover novos lançamentos. O financiamento com o FGTS é oferecido através de bancos operadores, com juros mais baixos. Assim, famílias com renda até R$ 8 mil podem fazer a transação de até R$ 350 mil. As que possuem renda maior, podem adquirir a modalidade Pró-Cotista, para casas ou apartamentos de até R$ 1,5 milhão.
Imóveis usados pelo MCMV passaram a ser permitidos no governo Bolsonaro e mantidos por Lula, com o objetivo de combater o déficit habitacional no país e incluir 11,4 milhões de unidades habitacionais, segundo o Censo de 2022.
No ano passado, as moradias usadas representaram 29,32% do financiamento do FGTS, ante 13,25% de 2022 e 6,25% de 2021, conforme dados do Ministério das Cidades.
Entretanto, com a maior aquisição dos imóveis usados, houve queda no setor da construção civil em 2023 e o governo passou a reduzir os subsídios, restringindo, assim, as condições para quem ganha mais de R$ 4,4 mil.
Com as mudanças, atualmente, moradores das regiões Sul e Sudeste devem arcar com a entrada mínima de 50%, enquanto para outras regiões é de 30%. O valor máximo do financiamento foi reduzido de R$ 350 mil para R$ 270 mil, e na modalidade Pró-Cotista, o interessado deve ter renda inferior a R$ 12 mil, com pagamento de metade do valor na entrada.
Para o ministro das Cidades, Jader Filho, é importante ter o financiamento de usados, mas os novos imóveis fazem com que a economia circule, gerando mais emprego e renda.
“Tem que equilibrar esse jogo. Mantendo os novos diante da questão do emprego, para economia girar. Por outro lado, não pode abrir mão dos imóveis usados. Porque, além de ser a única opção em alguns lugares, se concentrarmos só nos novos, os preços vão começar a subir por uma oferta menor que a demanda”, disse o ministro ao GLOBO.
O fundo Pró-Cotista vai contar com diminuição, em 2025, no FGTS, através de recursos que serão restringidos para R$ 3,3 bilhões, ante 5,5 bilhões deste ano.
“Não podemos colocar todas as fichas no FGTS. O FGTS não dá conta de absorver toda a demanda que existe hoje no país. Precisamos discutir a questão habitacional”, mensurou o ministro em reportagem. “Se não é o FGTS, qual é a alternativa que o Brasil tem hoje? O Brasil precisa da iniciativa privada e de toda a sociedade. Não é possível uma economia do tamanho da nossa depender só do FGTS”, acrescentou.
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