Dólar tem novo aumento nesta sexta-feira (29); saiba por que

O dólar atingiu, mais uma vez, nesta sexta-feira (29), um preço recorde acima dos R$ 6 no último pregão de novembro. De acordo com informações do G1, a alta está refletindo o pacote de medidas de cortes de gastos anunciado pelo Governo Federal na quarta-feira (27) e detalhado na quinta-feira (28). O Ibovespa, no entanto, está operando em baixa.

Uma das medidas fiscais pretende reduzir R$ 70 bilhões em gastos públicos durante 2025 e 2026, e R$ 327 bilhões até 2030. As demais mudanças são referentes às alterações no salário-mínimo, em programas sociais, na aposentadoria de militares e em emendas parlamentares.

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Outra questão que foi levantada durante o comunicado foi a isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas que possuem ganhos mensais de até R$ 5 mil, o que deve custar R$ 35 bilhões ao governo. Em contrapartida, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou também uma medida de taxação em até 10% a pessoas que recebem acima de R$ 50 mil.

Antes, o governo já havia comunicado um bloqueio de R$ 6 bilhões no Orçamento anual para impedir gastos obrigatórios. Assim, o valor restrito nos últimos meses contabiliza R$ 19,3 bilhões. A proposta tende a controlar as contas públicas e cumprir com o arcabouço fiscal. 

O mercado financeiro está reagindo também aos índices de desemprego, que caiu em 6,2% no último trimestre, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (29). 

Dólar e Ibovespa

O dólar teve aumento de 2,00% às 10h15, com valor a R$ 6,1091 e máxima do dia em R$ 6,1156. Em dados gerais, o valor teve alta de 3,02% na semana, ganho de 3,59% no mês e aumento anual de 23,42%.

Já o Ibovespa teve alta de 0,22%, aos 124.330 pontos. Porém, na quinta-feira (28), a queda foi de 2,40%, aos 124.610 pontos, sendo a menor oscilação negativa diária desde 2 de janeiro de 2023, quando a redução foi de 3,06%. Apenas oito ações da carteira apresentaram rentabilidade positiva. No geral, a queda semanal foi de 3,50% na semana, a perda mensal de 3,93% e o recuo anual de 7,14%.

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