Economia & Mercado

Entenda como agenda evolutiva do Pix pode impactar o mercado financeiro brasileiro

Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Especialista explica tendências e oportunidades oferecidas pelo Pix em serviços B2B e na ampliação da distribuição de crédito  |   Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr / Agência Brasil
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 16/03/2024, às 05h30


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Desde seu lançamento, o Pix revolucionou o cenário dos meios de pagamento no Brasil, trazendo consigo uma série de inovações e possibilidades que estão moldando o futuro das transações financeiras no país.

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Os números falam por si só. Segundo dados do Banco Central, atualmente, o Pix é utilizado por dois terços da população brasileira, e chegou a movimentar em 2023 um valor recorde de R$17,3 trilhões. Ainda de acordo com a instituição, cerca de 145 milhões de pessoas físicas se cadastraram no meio de pagamento até o final do ano passado.

Com a recente explosão de transações e a crescente adesão, é essencial compreender as tendências e oportunidades que essa modalidade de pagamento oferece, especialmente no contexto empresarial e de crédito.

Dessa forma, a Matera, empresa de tecnologia, abordou recentemente, em evento do setor financeiro, o que é possível esperar daqui para frente com relação à modalidade de pagamento, e ressaltou o Pix Automático, a otimização de serviços B2B e a distribuição de crédito.

“Observamos que o Pix tem sido o meio de convergência de todos os outros métodos de pagamento. Antigamente tínhamos diversos meios, cada um adequado para um cenário específico, e atualmente, a modalidade vem ganhando espaço no mercado pelas suas funções e flexibilidade, e tem se tornado o trilho universal. Então, ao invés de termos diversos trilhos, estamos conseguindo construir um trilho que se adapta e se adequa a todos os cenários.”, disse Bruno Samora, diretor de Produtos da Matera. 

Uma das principais vantagens do Pix é sua capacidade de otimizar serviços B2B, graças a uma nova infraestrutura que se adéqua ao processamento de altos volumes de pagamentos. Isso resulta em menores custos de processamento e maior flexibilidade para as empresas, além de um processamento rápido e preciso de ordens de pagamento corporativas.

“O B2B é a linha que mais cresce, vem ganhando cada vez mais volume de transações e tomando relevância. Isto se deve também ao fato de que o Pix passou a habilitar pagamentos em valores altos, justamente para se adequar a este cenário empresarial”, revela o executivo.

Outro ponto crucial é o seu papel como meio de distribuição de crédito. Com mudanças na regulação de cartões que tendem a limitar essa modalidade, ela surge como uma alternativa viável.

Apesar de ainda não haver uma regulação específica equiparando o Pix ao cartão de crédito, há espaço para trabalhar combinando ofertas de crédito com o Pix, o que pode ser um diferencial competitivo para as instituições financeiras.

Além disso, uma das inovações mais recentes é o Pix Automático, que representa uma evolução dos pagamentos automatizados. Essa nova função permite pré-autorizar pagamentos de cobranças recorrentes através dele, proporcionando simplicidade, acessibilidade e redução dos custos para estabelecimentos físicos ou negócios digitais, independente do porte. 

Vale reforçar que essas tendências chegam para ampliar as possibilidades de adesão de pagamentos em "débito automático", além de democratizar ainda mais o acesso e a oferta de serviços. 

“Temos duas opções, podemos abraçar a mudança, entender que isso é uma tendência forte, se antecipar e se destacar, ou podemos resistir e correr um risco alto de nos tornarmos irrelevantes e obsoletos no mercado”, finaliza Samora.

Diante desse cenário, fica claro que esse formato de pagamento não é apenas uma tendência passageira, mas sim uma transformação fundamental nos negócios. As empresas que souberem aproveitar as oportunidades oferecidas por ele estarão à frente da concorrência e preparadas para os desafios do futuro.

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