Economia & Mercado

Ganho de 5% ao mês é possível? As promessas mirabolantes das criptomoedas

Cesar Greco/Palmeiras
Willian Bigode e outros jogadores estão envolvidos em polêmica sobre investimentos em criptomoedas  |   Bnews - Divulgação Cesar Greco/Palmeiras

Publicado em 14/03/2023, às 13h14   Redação BNews


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Envolvidos em uma grande polêmica sobre investimento em criptomoedas, os jogadores Willian Bigode, Mayke e Gustavo Scarpa acreditaram na promessa de lucro de 5% ao mês. Entretanto, tal tipo de ganho está ora da realidade dos principais produtos financeiros disponíveis no mercado.

Tal rendimento destoa totalmente do encontrado no mercado financeiro. Dentro dos títulos de renda fixa, há três divisões principais e que costumam ter rentabilidade atrelada à Selic, à inflação pelo IPCA ou por uma taxa prefixada. Todos possuem como patamar os juros básicos do país. 

O Tesouro Selic ou títulos de renda fixa atrelados ao CDI rendem próximos à taxa básica de juros, hoje em 13,75% ao ano. Os títulos vinculados ao IPCA costumam pagar a inflação do período mais um extra de 6% a 8% — que também não passam dos 15%.

Para buscar uma taxa mais alta, investidores costumam partida para renda variável. Por exemplo, uma ação na bolsa pode valorizar 5% em um mês, mas a rentabilidade anterior desses ativos não pode ser usada como garantia de algo similar no futuro. 

"Isso pode acontecer durante um período, com uma ou outra empresa. Por isso que a gente sempre fala sobre a diversificação de investimentos: uma empresa que valoriza muito é ótimo, mas ela pode desvalorizar muito mais do que isso. Um exemplo muito recente disso é a Magazine Luiza", explica  Thiago Godoy, educador financeiro da Rico, ao g1.

Criptomoeda em baixa

No último ano, o mercado cripto tem sofrido com a subida das taxas de juros ao redor do mundo, que aumenta a aversão a risco entre investidores e prejudica os ativos mais arrojados. A principal criptomoeda em circulação, o Bitcoin, teve rentabilidade negativa de 44,86% nos últimos 12 meses. Mesmo o HASH11, principal ETF de criptomoedas do Brasil e que simula a performance do mercado de cripto, caiu 43,16% no último ano.

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