Economia & Mercado

Geólogo JC lança Vale das Commodities Minerais na Bahia; projeto vai gerar mais de 50 mil empregos

Foto: Reprodução/CBPM
Projeto será implementado na região do Vale do Paramirim, que envolve 32 municípios  |   Bnews - Divulgação Foto: Reprodução/CBPM
Beatriz Araújo

por Beatriz Araújo

[email protected]

Publicado em 11/09/2023, às 18h00


FacebookTwitterWhatsApp

Com mais de 50 anos de atuação no setor de mineração, o geólogo baiano João Cavalcanti, responsável pela descoberta das jazidas de ferro do município Caetité, que vendeu para a Bamin Mineração (Bamin), retornou à Bahia para o lançamento de seu mais novo projeto: o Vale das Commodities Minerais. Em entrevista ao BNews, o empresário informou que a nova empreitada deve gerar em torno de 54 mil empregos diretos.

Responsável também pela descoberta de jazidas de minérios de ferro da Sul Americana de Metais (SAM), em Minas Gerais, e da Brasil Exploração Mineral (Bemisa), no Piauí, o geólogo deu detalhes sobre o seu mais novo descobrimento na Bahia. “Acabamos de lançar, pela primeira vez, a nível mundial, o Vale das Commodities”, elencou. “Commodities de Minerais porque são minérios listados na Bolsa de Londres e Bolsa de Nova York”, explicou.

De acordo com JC, o projeto, que está em fase de exploração, será implementado ao longo do Vale do Paramirim, que envolve 32 municípios baianos, onde descobriu grandes reservas novas de três tipos de minérios de ferro. “2,6 milhões de habitantes vão ser beneficiados”, afirmou o especialista, formado em Geologia com extensão em Engenharia de Minas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

"O mundo hoje está buscando os minerais críticos, que vão exigir a demanda porque a sociedade toda agora é hightech. Um celular, por exemplo, tem 37 minerais”, disse Cavalcanti. “O futuro da humanidade vai depender desses chamados minerais críticos. O que o mundo mais consome hoje é o minério de ferro”, informou.

Outros projetos

Ao BNews, João Cavalcanti comentou, ainda, sobre outros projetos que pretende implementar na Bahia. “Estou com uma expectativa de uma reserva de cobre com 100 milhões de toneladas, no município de Caetité. Tem mais uma outra de zinco, na região de Ibitiara, com mais de 50 milhões de zinco, fora os minérios de ferro”, conta.

JC também sugere ao Governo do Estado a ligação da Transnordestina, no Piauí, com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), na Bahia, como estratégia para fomentar a economia baiana. “Vai possibilitar a economia a entrar pelo Vale do Paramirim porque lá não tem só minério. Tem uma agricultura forte, é uma grande produtora de manga, de maracujá. É geração de emprego e renda para todo mundo”, garantiu.

“Eu gosto de gerar emprego e renda para o povo. O Brasil está com 35 milhões de pessoas desempregadas. Tem 25 milhões de pessoas passando fome. Precisamos interiorizar a nossa economia”, declarou o empresário.

Ainda segundo o geólogo, além da descoberta das commodities de minerais de alta aplicação da indústria eletroeletrônica, pode ser consolidada na Bahia o que o especialista considera uma Província Mineral no Vale do Paramirim, onde há pelo menos cinco minas em operação.

Apoio 

Questionado sobre as negociações com o Poder Público para implementação do projeto do Vale das Commodities Minerais na Bahia, o geólogo disse ter recebido apoio do Governo do Estado por meio da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). Na última terça-feira (5), JC reuniu-se com o presidente da entidade, Henrique Carballal, e o diretor técnico, Manoel Barretto, para formalizar o lançamento do projeto.

À reportagem, o geólogo falou também sobre a importância da realização de projetos ligados ao setor de mineração no estado. “Estão roubando os fios de cobre na rua. Não tem cobre. As mineradoras não estão dando para atender”, ressalta. “Sem mineração nós não vamos para lugar nenhum. Todos os equipamentos que a população usa no dia a dia tem minério. Tudo é mineração”, completou JC.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp