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Grupo Madero está com dívida de quase R$ 1 bilhão e deixa mercado apreensivo; confira detalhes

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Grupo Madero tem plano de expansão visto com apreensão no mercado  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram

Publicado em 22/08/2022, às 14h40   Redação BNews



O Grupo Madeiro, que é conhecido por ser uma das maiores franquias de restaurantes do Brasil, está com uma dívida acumulada em quase R$ 1 bilhão e com prejuízos acima dos R$ 700 milhões. Segundo o recém resultado divulgado do segundo trimestre da empresa, a queima de caixa deixou a empresa com apenas R$40 milhões e um plano de expansão visto com apreensão no mercado.


A empresa foi altamente prejudicada após o período pandêmico, que provocou o fechamento de diversas lojas ao redor do país. A ambição do grupo é dobrar o número de lojas em quatro anos (para 500 unidades), apesar de ser o investimento agressivo à principal fonte da queima de caixa, que foi de R$ 80 milhões de abril a junho.


Segundo o Bloomberg Línea, os problemas financeiros da rede pioraram na pandemia, já que sua dívida líquida triplicou e saltou de R$ 255 milhões ao fim de 2019 para R$ 877 milhões no fim do segundo trimestre de 2022. Em 2020, o CEO e fundador do Madero, Durski Júnior, alertou sobre o impacto econômico que estava sofrendo devido às medidas de isolamento, que estavam sendo estabelecidas em todo o Brasil. Em um vídeo, ele falou que o país não poderia parar por causa de "5 mil ou 7 mil mortos", ainda que cada morte devesse ser lamentada.


Madero contou, em entrevista ao Bloomberg, que não vê risco de a dívida bruta ser superior a marca de R$ 1 bilhão e que os compromissos assumidos estão sendo cumpridos. O grupo afirmou que pode acabar recorrendo a um suporte financeiro oriundos do banco, caso necessite.


"A excelente e crescente performance dos nossos mais de 270 restaurantes, confirmam o enorme potencial de expansão que possuem nossas marcas. A nossa geração de caixa, assim como eventual suporte financeiro de bancos ou capitalização, serão as fontes que definirão a velocidade da expansão", disse Madero.


Em suas redes sociais, Durski divulgou fotos de aviões com o nome do grupo na fuselagem. Segundo o site, o CEO esclareceu que as aeronaves não integram o patrimônio da companhia e nem fazem parte da logística aérea, como sugerem as postagens, mas estão em seu nome.


"Há uma frota de caminhões que transportam 95% dos insumos usados por todos os nossos restaurantes, os quais são fornecidos pela cozinha central, em Ponta Grossa (Paraná). Os 5% restantes, principalmente bebidas, são entregues diretamente nas operações pelos fornecedores", concluiu Madero.


Custos

No documento que mostrava o balanço trimestral, a companhia destacou enfrentar um cenário de inflação acelerada, porém, ela tem como planejamento reduzir despesas e otimizar logística e distribuição.  Devido ao cenário adverso, com inflação e juros em números altos, na casa de dois dígitos, é outro obstáculo ao plano de expansão, dado que o custo de capital sobe, os insumos ficam caros, a renda disponível para o consumidor diminui e o lucro acaba diminuindo.

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