Economia & Mercado

Herança da pandemia: Consumidores mantém hábito de comodidade na compra de itens básicos da alimentação

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O faturamento total do varejo cresceu acima de 10% através do e-commerce, diz pesquisa. As compras em supermercados cresceram 30%  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 22/05/2022, às 06h00   Karine Pamponet


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Notadamente, os brasileiros se tornaram mais acomodados na hora de fazer compras. Essa herança da pandemia foi confirmada através da pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) que apontou crescimento acima de 10% no faturamento do varejo através do e-commerce. Um dos setores que mais cresceu foi a compra de produtos em supermercados, 30%.

"Tivemos uma aceleração dessa mudança de hábito, de usar a internet e fazer a compra via remota, e uma antecipação eu diria de quase 20 anos. Mas o mais interessante é que já estávamos preparados para isso", afirma o presidente da CNDL, José César da Costa.

Os dados da pesquisa, realizada entre os dias 30 de março e 7 de abril de 2021, mostraram que as compras de supermercado, categoria que possui maior varejo no Brasil, tiveram um crescimento de 9% para 30%. "Os hábitos vão mudando, as pessoas começam a sentir mais prazer e segurança em receber o produto na sua casa. Acredito que essa comodidade tende a continuar à medida em que as pessoas vão sentindo maior confiança", avalia o presidente da CNDL. Para 2022, a expectativa é de crescimento de 18% no faturamento, segundo dados da Neotrust, empresa que faz monitoramento do e-commerce brasileiro.

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“Graças a Deus, grandes redes de supermercados criaram aplicativos para compras online o que facilitou muito a minha vida durante a pandemia e agora no pós pandemia quando as coisas ainda estão se organizando”, afirma a servidora pública, Luciana Teixeira que disse ao Bnews preferir a facilidade e comodidade de fazer mercado de forma virtual.

Outra aposta que deu certo foi a realização de feiras em condomínios de Salvador. Para o empresário Flávio Fagundes que já trabalhava no ramo de feiras livres na cidade, o convite de uma comissão de moradores de um condomínio trouxe mais uma oportunidade de negócios. "Levamos produtos difereciados que os clientes não encontram nas grandes redes. Além disso, a comodidade para realizar a compra é um grande atrativo. O cliente escolhe o que deseja, nós somamos, cobramos e ainda levamos gratuitamente para a residência dele que é dentro do condomínio",explica o empresário.

Hoje essa modalidade de feira é realizada em quatro grandes áreas residênciais de Salvador. "Sempre uma vez por semana estamos em um condomínio. Montamos bem cedinho a feira e iniciamos o atendimento as 5h e encerramos as 11h30.  Facilitamos a vida dos moradores que têm atividades corridas durante o dia e com isso possuem pouco tempo para fazer a feira. Além de ser uma comodidade é uma economia de tempo e dinheiro", afirmou Fagundes. "Há uma grande demanda de condomínios para esse tipo de negócio", concluiu ao se referir sobre a expectativa de crescimento para 2022.

“Não tem coisa melhor do que escolher as verduras e frutas fresquinhas na porta de casa sem precisar sair de carro, gastar gasolina, procurar vaga para estacionar e se irritar nas filas são coisas do passado. Não troco comprar meus alimentos com comodidade e segurança por nada nesse mundo”, declarou a advogada Viviane Sampaio.

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