Economia & Mercado

Inflação oficial parece menor do que a percebida no bolso: entenda por que

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No cotidiano, a inflação oficial parece não corresponder ao que é sentido no bolso  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Freepik
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 03/01/2024, às 09h16 - Atualizado às 09h20


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No dia a dia, a inflação oficial divulgada pelos órgãos competentes parece ser irreal, ou seja, não corresponde aos gastos sentidos no bolso dos consumidores brasileiros. E aí fica a dúvida do porquê isso acontece. Existe algum hiato nas informações?

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Os especialistas econômicos explicam que essa sensação se dá porque, na prática, os produtos e serviços consumidos por família variam de acordo com renda, configuração familiar e preferências.

"Famílias com crianças, por exemplo, costumam ter mais gastos com alimentação e mensalidade escolar, enquanto famílias com idosos consomem mais medicamentos e plano de saúde. Por isso, a percepção pessoal sobre a inflação tende a ser diferente da inflação oficial", explica André Braz, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em reportagem do site Uol.

Para quem deseja aprender como calcular a inflação, a FGV disponibiliza uma ferramenta digital gratuita, denominada "Sua Inflação", que, de forma autoexplicativa e didática, ensina como avaliar os gastos familiares, por exemplo.

A reportagem do Uol explica que, em geral, as classes mais baixas sentem mais as mudanças na inflação. De acordo com os economistas entrevistados na reportagem, isso ocorre porque alimentos são uma categoria mais representativa de gastos no seu orçamento que classes mais altas.

Segundo a economista e professora da ESPM, Cristina de Mello, as famílias com renda menor têm menos disponibilidade para mudanças na cesta de consumo e, por isso, sentem mais os efeitos da inflação. "Para pagar mais em alimentos, por exemplo, muitas vezes a família tem que abrir mão dos custos de transporte", destaca.

“Isso não quer dizer, contudo, que famílias de alta renda não sintam a inflação. Esse grupo é mais dependente de serviços como restaurantes, passagens aéreas e mensalidades escolares e, consequentemente, sente mais as alterações nesses preços, diferente das famílias de menor renda, que sentem mais em relação aos alimentos", salienta André Braz.

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