Economia & Mercado

Juro teria que ser de 26,5% ao ano para cumprir meta da inflação em 2023, diz presidente do BC

Raphael Rbeiro/BCB
Roberto Campos afirmou, no entanto, que seria impossível deixar a Selic neste patamar  |   Bnews - Divulgação Raphael Rbeiro/BCB

Publicado em 30/03/2023, às 19h09   Cadastrado por Bernardo Rego


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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (30) que, para cumprir a meta de inflação de 2023, seria necessário subir a taxa básica de juros para 26,5% ao ano. Ele destacou, contudo, que seria “impossível” colocar os juros neste patamar. As informações são do Antagonista.


Neto também pontuou que a autarquia está fazendo um processo de “suavização“, para não precisar aumentar a Selic, que hoje está em 13,75% ao ano. “Se a gente quisesse atingir a meta em 2023, a última informação que tive é que a taxa teria que ser 26,5%. É óbvio que a gente entende que isso é impossível”, disse Campos Neto em entrevista coletiva sobre o relatório trimestral de inflação.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aliados têm criticado o BC e Campos Neto em razão da decisão da autarquia de não reduzir a taxa básica de juros. Em meio a entrevista, o economista também pontuou que está vendo “uma politização de uma linguagem muito técnica“ da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), ao ser questionado sobre o trecho que diz que o Banco Central “não hesitará” em retomar o ciclo de ajuste se a desinflação não ocorrer como esperado, mantido na última decisão. “A menção de alta de juro na ata vinha desde setembro, de antes da eleição”, acrescentou.

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