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Magazine Luiza revisa balanço e reduz patrimônio em valor astronômico; saiba quanto

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Apuração da Magazine Luiza encontrou “incorreções” na forma como eram lançadas no balanço  |   Bnews - Divulgação Reprodução
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 14/11/2023, às 06h42 - Atualizado às 07h11



Erros em lançamentos contábeis fizeram a Magazine Luiza a reduzir em seu patrimônio líquido em quase R$ 830 milhões. O “ajuste”, comunicado aos investidores na noite da segunda-feira (13) foi resultado de uma auditoria realizada desde março após denúncias anônimas. As informações são do O Globo.

Segundo a reportagem, embora a apuração tenha concluído que as denúncias eram improcedentes, ela encontrou “incorreções” na forma como eram lançadas no balanço “bonificações em determinadas transações comerciais”.

Embora não haja qualquer indício de fraude envolvendo o balanço da Magalu, o caso mostra que os números de mais uma grande varejista brasileira não eram exatamente aqueles que vinham sendo acompanhados pelos investidores.

Segundo um comunicado da Magalu, notas de débito usadas para o reconhecimento contábil das receitas de bonificações foram emitidas pela companhia e assinadas por fornecedores “sem observar com precisão as obrigações de desempenho (as quais variam de acordo com as especificidades de cada negociação)” previstas pelo CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis).

Ainda de acordo com a empresa, a correção das “incorreções” provocou um ajuste de R$ 829,5 milhões no patrimônio líquido da varejista. Mas, da conta final, foram abatidos créditos fiscais de PIS/COFINS sobre bonificações recebidas de fornecedores, resultando em um ajuste de R$ 322,1 milhões no balanço do terceiro trimestre, divulgado nesta segunda-feira.

O comunicaco da empresa diz que, após a correção, o conselho de administração determinou a adoção de medidas para o “aprimoramento dos mecanismos de controles internos da companhia.”

São elas: revisão das matrizes de riscos e controles internos do processo de negociação comercial; melhoria dos mecanismos de governança para melhor segregar as etapas de negociação e apropriação das bonificações; aprimoramento de sistema automatizado de gestão de verbas de fornecedores; e a revisão do funcionamento da auditoria interna sobre os processos de negociação comercial.

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