Mercado imobiliário de alto padrão apresenta expansão no 1º semestre de 2024; confira

Após um ano de ajustes em 2023, o segmento imobiliário de alto padrão (luxo) mostra aquecimento no primeiro semestre de 2024. A Esquema Imóveis, especializada em imóveis com ticket médio de R$ 7,3 milhões, através de um estudo recente, registrou no período alta em VGV (Valor Geral de Vendas), leads, receita operacional e ticket médio, em resultado geral impactado pela venda de casas e apartamentos do mercado secundário. 

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Os dados comprovam a curva ascendente do mercado imobiliário de alto padrão em São Paulo, após a retração do ano passado. “Durante a pandemia, a demanda por imóveis de alto padrão alcançou volume recorde com a necessidade de espaços maiores, juros baixos e compradores capitalizados. Já era esperada estabilidade em 2023, pois quem já tinha comprado não retornaria ao mercado tão cedo. Agora, em 2024, temos o reaquecimento na demanda e na conversão de vendas”, detalha Marco Túlio Vilela Lima, CEO da Esquema Imóveis. 

O levantamento identificou ainda, no primeiro semestre de 2024, alta de 56% no VGV (Valor Geral de Vendas) na comparação com o mesmo período de 2023. A receita operacional (valor que fica na imobiliária) também foi 56% maior do que o alcançado nos primeiros seis meses do ano passado, acompanhando a performance em VGV.

Já o ticket médio dos imóveis negociados teve alta de 38% no período, a quantidade de negócios concretizados aumentou 20% e o volume de leads, seja via online ou off-line, cresceu 26%. 

Mercado secundário e apartamentos puxam o resultado

Os imóveis de terceiros, como revendas e os mais antigos já modernizados ou para reforma, garantiram a alta das vendas no primeiro semestre. Na avaliação dos consultores da empresa responsável pela pesquisa, a alta do valor de metro quadrado dos lançamentos, combinada com a demanda recorrente por imóveis nos bairros mais valorizados da cidade, tornou as propriedades do mercado secundário atraentes para o comprador. Praticamente todas as vendas de imóveis intermediados pela imobiliária no período foram de casas e apartamentos de terceiros, não de lançamentos. 

“A relação entre os mercados imobiliários primário e secundário é elástica, de aproximação seguida por distanciamento. No alto padrão de São Paulo, estamos agora na fase de distanciamento, com lançamentos apresentando alta agressiva no valor do metro quadrado, que não é acompanhada no imóvel de terceiros. Quando um apartamento lançado nos Jardins chega a algo entre R$ 40 mil e R$ 60 mil no metro quadrado, um outro no mesmo quarteirão e tamanho já reformado fica atraente por ter valor até 50% menor. Com o tempo, os valores voltarão a se aproximar, mas sem desvalorização”, explica Lima. 

O período foi marcado também pela alta demanda por apartamentos, sobretudo nas regiões dos Jardins, Alto de Pinheiros e Vila Nova Conceição. “Ampliamos nosso time de corretores em 7% trazendo profissionais especializados em apartamentos, sendo que metade destes novos tem foco nos Jardins. Com isso, pela primeira vez nos 54 anos da Esquema, o VGV dos apartamentos foi praticamente igual ao das casas, em uma proporção 50%-50%”, detalha o executivo.

Nas casas, o destaque ficou nas propriedades novas de rua, construídas nos últimos meses, principalmente no Jardim Paulista, com valores entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões. Para o especialista, “muitos investidores adquiriram terrenos ou casas antigas em 2023, quando o mercado imobiliário estava estabilizado, e construíram imóveis novos, mais valorizados, com as características que o comprador busca, como estilo mais contemporâneo, com linhas retas, subsolo e no mínimo quatro suítes”. 

Expectativa para o segundo semestre

Para o segundo semestre a expectativa é que, apesar das flutuações econômicas, o segmento continue a crescer. A expectativa é que o consolidado do ano da empresa represente uma alta de, no mínimo, 20% em VGV. “Os compradores seguirão interessados em apartamentos do mercado secundário nos bairros mais valorizados, como os Jardins, que tem um metro quadrado que não desvaloriza. A distância de valor entre os lançamentos e os imóveis de terceiros não será reduzida de maneira relevante este ano”, finaliza Lima.

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