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Mesmo com queda no consumo, Aço Verde do Brasil aumenta produção e venda em 2022

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Com investimento em tecnologias “carbono zero”, Aço Verde do Brasil reduz custos de produção, amplia portfólio e ganha clientes  |   Bnews - Divulgação Reprodução // Site Aço Verde do Brasil
Rafael Albuquerque

por Rafael Albuquerque

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Publicado em 23/04/2023, às 08h37


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Apesar do consumo aparente de aço no país no ano passado ter caído 10,9% em relação a 2021, segundo o Instituto Aço Brasil (IABr), a Aço Verde do Brasil (AVB) apresentou o maior volume de vendas, receita líquida, lucro bruto e Ebitda de sua história no período. A produção foi de cerca de 360 mil toneladas de laminados de aço em 2022, um crescimento de 34% em relação a 2021 e a maior desde o início das atividades da empresa, informa o site Exame.

O volume de vendas de laminados teve acréscimo de 36%: das 258 mil toneladas de laminados em 2021, passou a 352 mil toneladas em 2022. Já a receita líquida atingiu R$ 1,9 bilhão, apresentando crescimento de 33,5% em comparação a 2021, quando atingiu R$ 1,4 bilhão, e crescimento de 57,4% em relação a 2020 (R$ 900 milhões). Já o lucro bruto aumentou 11,9% em comparação a 2021, e o Ebitda ajustado atingiu R$ 804,1 milhões, aumento de 6,8% em relação a 2021.

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A venda total de laminados de aço da AVB em 2022 apresentou crescimento de 36,4% quando comparada ao ano anterior, em razão do maior volume de vendas tanto de vergalhões quanto de fio máquina.

“O que mais nos orgulha é que conseguimos esses resultados em um ano que não estava fácil para ninguém. E aumentamos as vendas graças a novos clientes conquistados em novos mercados, um resultado ainda mais importante se considerarmos que nem completamos cinco anos no mercado”, afirma Silvia Carvalho Nascimento, CEO da Aço Verde do Brasil, à Exame.

Sustentabilidade como diferencial

A AVB acredita que a política de carbono neutro é um diferencial que traz qualidade e competitividade para o negócio. Toda a energia necessária para a siderúrgica funcionar é oriunda de fontes renováveis, informa a publicação.

A empresa não utiliza gás natural (combustível fóssil), um dos custos mais relevantes na produção do aço, e em substituição emprega gás de processo gerado nos altos-fornos (combustível renovável) para aquecer seu forno de laminação.

Em 2023, a AVB inaugurou uma termelétrica com capacidade de geração de 11MW de energia renovável com zero emissão de carbono a partir do aproveitamento da energia contida nos gases de processo gerados nos altos-fornos e aciaria. A termelétrica tem capacidade de geração de 30% da necessidade total de energia elétrica da usina, sendo que todo o restante da energia é adquirido de fontes externas renováveis.

A empresa, inclusive, reforçou o caixa no ano passado com uma captação no mercado de capitais por meio da emissão de R$ 400 milhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) justamente para aplicar em ativo biológico, base para a produção do biocarbono.

Em 2022, a AVB conquistou o menor indicador mundial para emissões de CO2 por tonelada de aço bruto produzido de 2018 a 2021, segundo a World Steel Association. Além disso, matérias-primas utilizadas na produção do aço, como oxigênio, nitrogênio e biocarbono, também são produzidas internamente.

Em linha com sua proposta de sustentabilidade, a AVB pretende inaugurar, ainda em 2023, uma planta de briquetes a frio (blocos compactos de alta densidade feitos de resíduos gerados na produção do aço) que dará uso aos resíduos sólidos que antes não tinham destinação.

Classificação Indicativa: Livre

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