Economia & Mercado

Milionários assinam carta pedindo para pagarem mais impostos

José Cruz/Agência Brasil
A carta aberta é ilustrada por uma montagem com fotos dos presidentes Joe Biden (EUA) e Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil)  |   Bnews - Divulgação José Cruz/Agência Brasil

Publicado em 20/01/2023, às 13h44   Ana Paula Branco/ Folhapress


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Mais de 200 milionários assinaram carta que questiona líderes políticos em Davos (Suiça): "Por que, nesta era de múltiplas crises, você continua tolerando a riqueza extrema?"

Exibido no Fórum Econômico Mundial, o documento pede maior taxação a grandes fortunas "para o bem comum" e tem assinaturas de personalidades como o ator Mark Ruffalo, os herdeiros do império Disney (Abigail e Tim), e a austríaca Marlene Engelhorn-que rejeitou herança de mais de R$ 20 bilhões.

"Estamos vivendo em uma era de extremos. Aumento da pobreza e aumento da desigualdade de riqueza; a ascensão do nacionalismo antidemocrático; clima extremo e declínio ecológico; profundas vulnerabilidades em nossos sistemas sociais compartilhados; e a oportunidade cada vez menor para bilhões de pessoas comuns ganharem um salário digno", afirma o início da carta "Cost of Extreme Wealth".

A carta aberta é ilustrada por uma montagem com fotos dos presidentes Joe Biden (EUA) e Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), dos primeiros-ministros Rishi Sunak (Reino Unido) e Fumio Kishida (Japão), e do bilionário Elon Musk.

Assinam o texto milionários e bilionários dos Estados Unidos, do Reino Unido, da Alemanha, do Canadá, da Holanda, da França, da Suécia e da Itália. Nenhum brasileiro participa do apelo por "economias mais justas".

"A solução é simples para todos verem. Vocês, nossos representantes globais, devem tributar a nós, os ultra-ricos, e devem começar agora", diz outro trecho do documento.
A carta é resposta ao relatório da ONG Oxfam desta semana, que aponta aceleração drástica das desigualdades e da extrema pobreza na última década.

Segundo a organização, durante a pandemia, o 1% mais rico da população mundial acumulou quase dois terços de toda a riqueza mundial - seis vezes mais do que os 7 bilhões de pessoas que compõem os 90% mais pobres da humanidade.

Enquanto a elite global apresentava a carta em Davos, em Nova York (EUA), uma manifestação reuniu ativistas e legisladores em frente a um icônico edifício residencial que serviu de moradia a muitos milionários e bilionários desde que foi inaugurada em 1929.

Embaixo de chuva, os manifestantes pediam a aprovação de leis que garantam maior tributação aos super-ricos do país.

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