Mudança na lei de cidadania da Itália afeta brasileiros que buscam estudar ou trabalhar no país; entenda

A lei da cidadania na Itália passou a ter novas medidas a partir desta quarta-feira (21). A mudança, no entanto, deve prejudicar brasileiros que desejam ir ao país em busca de melhores oportunidades de emprego. Isso porque, de acordo com informações do portal Uol, o processo deve dificultar o acesso ao mercado de trabalho italiano. 

Antes, não existiam limites de gerações para o reconhecimento. Com a mudança, a medida passou a ser possível apenas para filhos e netos de pessoas que possuem a cidadania italiana, assim excluindo os bisnetos e tataranetos, por exemplo. 

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“Uma coisa é você ir como um brasileiro para a Itália para buscar uma oportunidade de emprego, outra coisa é você ir como um ítalo-brasileiro. Um italiano reconhecido, com certeza você vai ter muito mais oportunidades de emprego", afirmou na reportagem o advogado Fabio Gioppo, especialista em Direito Internacional e cidadania italiana, do escritório Gioppo & Conti. 

“Você tem 30 milhões de brasileiros que possuem o direito ao reconhecimento da cidadania, uma restrição dessa faz cortar pelo menos para um quarto das pessoas que poderiam ter o direito a essas várias oportunidades que a cidadania dá de trabalho e de estudo não só nos países europeus, mas em outros países que possuem um acordo com o bloco europeu”, continuou Gioppo.

Por outro lado, a lei passa a ofertar um ‘visto’ para quem perdeu ou não possui cidadania, podendo, assim, ter direito à residência e ao trabalho na Itália por dois anos e será concedida para quem possui descendência italiana. No entanto, as regras ainda não foram estipuladas.

"Provavelmente, a pessoa terá que apresentar um comprovante de residência, fazer a aplicação do Permesso Di Soggiorno (permissão de estada ou residência por mais de 90 dias) e apresentar documentos para poder trabalhar", explicou um especialista em cidadania italiana, segundo a reportagem.

Vale ressaltar que a Itália cede a cidadania a pessoas que residem no país há dois anos, por meio do Decreto Flussi, que compõem diversas áreas de trabalho. O visto também é possível para brasileiros que não são descendentes de italianos, mas que recorrem ao país para estudar ou trabalhar.

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