Economia & Mercado

Operadoras de planos de saúde acumulam prejuízo bilionário; confira motivo e consequências para consumidor

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Prejuízo financeiro das operadoras vai impactar consumidores  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Shutterstock
Verônica Macedo

por Verônica Macedo

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Publicado em 15/04/2024, às 09h54 - Atualizado às 10h05


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As operadoras de planos de saúde no Brasil enfrentam uma crise sem precedentes em razão e fatores como: rede credenciada menor, maior cobrança de coparticipação, queda no valor do reembolso, além de reajustes recordes.

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Além disso, desde 2021, o percentual de reclamações realizadas por consumidores à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) quase triplicou, conforme informa reportagem de o jornal Valor Econômico.

Diante dessa conjuntura, as operadoras do país acumulam prejuízo operacional de R$ 18 bilhões, referente ao período de 2021 até setembro de 2023.

“O quadro atual começou a ser desenhado em 2021 com a retomada dos procedimentos médicos não feitos em 2020, quando os pacientes cancelaram cirurgias e consultas devido à pandemia. Em 2020, as operadoras tiverem resultado recorde, com lucro operacional de R$ 18,7 bilhões, três vezes mais do que o apurado em 2019, de R$ 5,7 bilhões. Neste ano, há expectativa de melhora financeira e um reajuste menor. Mas os convênios médicos não devem voltar à realidade de antes da pandemia”, diz a reportagem.

Ainda segundo a matéria, a tendência é que os planos de saúde, no país, sejam mais restritivos, em especial nas modalidades de adesão e de pequenas e médias empresas (PME), produtos adquiridos pela pessoa física. “No convênio médico empresarial, que representa 60% do mercado, há espaço para mais reduções de benefícios”.

“Esse modelo de produto com rede ampla, reembolsos elevados e sem coparticipação, não vai ser de longo prazo para o varejo [adesão e PME]. Vai ter isso, sim, nos contratos corporativos de grande porte, onde há uma diluição da mutualidade [do risco] nomes no contrato”, diz, na matéria, Maurício Lopes, presidente da Qualicorp.

Sendo assim, revela a reportagem, as operadoras vêm desenhando e comercializando planos mais enxutos. “Planos de saúde com todos aqueles benefícios ficaram caros e não há demanda. O setor de saúde tem outro patamar de custos”, disse Marcos Novais, superintendente executivo da Abramge, em reportagem ao Valor.

 Vale ressaltar que, em 2020, a mensalidade do plano de saúde empresarial passou a acumular aumento de mais de 54%, quase o dobro do IPCA.

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