Economia & Mercado

Preço da gasolina vai aumentar no Brasil em janeiro de 2024?

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Preço da gasolina deve se manter estável mesmo com conflitos no Oriente Médio  |   Bnews - Divulgação oilson César/BNews
Henrique Brinco

por Henrique Brinco

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Publicado em 06/01/2024, às 08h25


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Em meio à conturbada situação no Oriente Médio em 2024, crescem as preocupações sobre possíveis impactos nos preços da gasolina no Brasil. No dia 3 de janeiro, durante uma cerimônia em memória de um militar iraniano falecido em 2020, ataques deixaram 95 mortos e 211 feridos, com o Estado Islâmico reivindicando a responsabilidade.

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Não apenas o Irã está em foco; os conflitos entre Israel e Hamas intensificam-se, elevando diariamente o número de vítimas. Além disso, o Iêmen se juntou ao cenário de tensões, com os rebeldes Houthis atacando embarcações no Mar Vermelho.

A repercussão imediata desses eventos leva a questionamentos sobre o preço do barril de petróleo, dado que a região é lar dos principais produtores mundiais. Na sexta-feira (5), às 10 horas, o petróleo WTI registrava aumento de 1,03%, enquanto o Brent apresentava elevação de 0,70%. Contudo, até as 16 horas, esses números já haviam se alterado para 2,44% e 1,71%, respectivamente.

Apesar das instabilidades, os Estados Unidos, líderes globais em produção de petróleo, têm intensificado sua produção, alcançando um pico de 4,5 milhões de barris diários. Analistas do Bank of America preveem que o preço do petróleo Brent possa alcançar uma média de 80 dólares por barril em 2024, frente aos atuais 78,81 dólares. A volatilidade, contudo, deve persistir, influenciada por fatores geopolíticos e políticas da OPEP.

Rafael Passos, da Ajax Asset, apontou ao Money Times que nos últimos cinco anos, a diminuição global de refinarias resultou em uma oferta mais restrita e uma demanda ainda existente. Essa dinâmica, combinada com conflitos geopolíticos, tem contribuído para oscilações nos preços.

No contexto brasileiro, apesar das tensões globais, a expectativa é de estabilidade nos preços dos derivados de petróleo. Passos destaca a flexibilidade da política de preços da Petrobras e os avanços na exploração de óleo, principalmente nas reservas do pré-sal. Para que haja uma significativa influência nos preços, eventos geopolíticos extremos seriam necessários, como agravamentos nos conflitos entre Rússia e Ucrânia ou Israel e Hamas.

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