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ESG Mineração: Presidente da CBPM comemora acordo com gigante canadense da mineração: 'Vamos colocar a Bahia em destaque internacional'

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Investimentos de gigante canadense podem ultrapassar o valor de R$ 1,5 bilhão  |   Bnews - Divulgação Joilson César/BNews

Publicado em 11/12/2023, às 22h27 - Atualizado às 22h38   Luana Neiva e Victória Valentina


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O governo da Bahia assinou, nesta segunda-feira (11), um acordo com a Homerun Brasil Mineração LTDA, subsidiária da empresa canadense Homerun Resources Inc, que irá instalar plantas industriais em áreas da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), com investimentos que podem ultrapassar o valor de R$ 1,5 bilhão. Durante seu discurso na cerimônia, Henrique Carballal, presidente da CBPM, detalhou como será a parceira.

"Eles vão utilizar areia industrial de uma mina da CBPM, do município de Belmonte, e mandar para uma primeira unidade de processo fabril, em Ilhéus, para ser transformada em sílica pura, que depois vai ser processada, em Aratu, para a produção de um componente da placa solar, que permite dobrar a produção de energia fotovoltaica. Uma revolução tecnológica na transição energética. Com isso, vamos colocar a Bahia em destaque internacional", destacou.

Carballal garantiu ainda que a parceira vai deve gerar diversos empregos durante a implantação das unidades fabris. 

"Isso é uma revolução. Quando o sr. Jerônimo Rodrigues me convidou para vir para a CBPM, eu sabia dos desafios e sabia que tinham grande relevância, afinal de contas,  a transição energética é uma realidade, todo mundo sabe disso. O mundo precisa da transição energética, não existe transição energética sem a mineração. Essa mineração tem que vir com sustentabilidade, com respeito à legislação ambiental, mas também com respeito às comunidades tradicionais e locais", continuou Carballal.

"Mas é um grande problema na transição energética, porque os produtos são mais caros e, naturalmente, você vai ter uma distância entre os pobres e os mais ricos em benefício da transição energética dele. O potencial mineral já está pensado na forma de atuação da CBPM, nós vamos atuar exatamente para fazer que todo esse grande potencial mineral que nós temos, nós possamos garantir que seja processado na Bahia e que esse processo gere emprego e renda", finalizou seu discurso.

Inicialmente, a expectativa é que sejam investidos R$ 300 milhões. Entre os projetos, está a instalação de unidades para a exploração de areia industrial em quatro áreas de titularidade da CBPM, situadas em Santa Maria Eterna, no município de Belmonte, no território de identidade Costa do Descobrimento. Os impactos positivos serão percebidos também em Ilhéus, onde vai ser estabelecida uma planta de beneficiamento que transformará a sílica in natura em sílica de alta pureza, e no Porto de Aratu, em Candeias, em que a Homerun vai concentrar esforços na fabricação de células solares, um produto que tem o potencial de duplicar a capacidade de energia das placas fotovoltaicas. A implantação de unidades fabris deve resultar na geração de 1.681 empregos.

O acordo prevê, ainda, a criação de um fundo para o desenvolvimento da educação nos locais onde vão ocorrer as operações de mina e de unidades industriais. Foi firmado também com a CBPM um planejamento de exploração e fornecimento contínuo de sílica, no distrito de Belmonte, ao longo das próximas duas décadas. O CEO da empresa, Brian Leeners, explica o que motivou a escolha da Bahia para a realização desse projeto. "A parceria é para desenvolver esse recurso coletivamente e movimentarmos esse projeto para frente, trazendo benefícios para a Bahia", apontou Brian.

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