Economia & Mercado

Taxa de famílias endividadas cai para 67,4% em Salvador, segundo Fecomércio

Agência Brasil
A taxa das famílias endividadas representa um total de 628,4 mil núcleos atingidos economicamente  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 26/01/2022, às 06h00 - Atualizado às 06h07   Redação BNews


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A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Fecomércio-BA, mostrou que, em janeiro, a taxa de famílias endividadas em Salvador foi de 67,4%, ou seja, a quarta queda seguida e ficando abaixo dos 69,3% do mês de dezembro. Em relação a janeiro de 2021, contudo, houve um aumento de 5,5 pontos percentuais, quando naquele mês a taxa de endividados registrada foi de 61,9%.

Atualmente, são 628,4 mil famílias na capital baiana que possuem algum tipo de dívida. Desde setembro, quando começou o ciclo de queda da taxa, houve redução de 44 mil famílias que saíram das dívidas. Porém, o atual patamar está muito acima do visto no início de 2021, de 575 mil famílias endividadas.

A inadimplência também está caindo. Em janeiro, a taxa de famílias com dívidas em atraso atingiu 29,1% ante os 29,4% vistos em dezembro. Na comparação anual, houve avanço de 3,1 pontos percentuais, de 26% para os atuais 29,1%. São 271,5 mil famílias que precisam acertar as contas não pagas até a data do vencimento.

Sobre os principais tipos de dívida, o cartão de crédito lidera com 90,8% entre os endividados, percentual inferior ao de dezembro (91,8%) e abaixo do visto em janeiro de 2021 (94,7%).

O segundo tipo de dívida mais frequente é o carnê com 8,1%. Foram quatro meses de quedas, quando em setembro o patamar estava em 13,3%.

Outra questão que foi observada na análise é o perfil de endividamento dos carnês. O percentual de endividados da faixa de renda mais elevada foi nulo, enquanto para a classe de renda de até 10 SM, teve 8,9% de endividados em janeiro. Ou seja, os carnês são alternativas importantes para consumo das famílias com renda mais baixa.

E o comércio tem sentido o impacto da inflação e do aumento dos juros. O faturamento do setor, em novembro de 2021, foi 7,1% menor do que no ano anterior, uma queda forte não esperada. Setores como o de eletrodomésticos e eletrônicos, além dos móveis e decoração, devem ser os mais impactados pelo encarecimento do crédito, diminuindo a atratividade de compra pelo consumidor.

Portanto, a queda do endividamento não traz alívio para a economia. Reforça somente que este ano de 2022 será de desafios para as famílias encontrarem formas de complementar a renda, sendo que por outro lado haverá uma inflação ainda elevada e um cenário econômico de pouca oportunidade de emprego.

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