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BNews Cop26: Brasil e outros três países emergentes só devem cortar emissões com dinheiro dos países ricos

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Publicado em 08/11/2021, às 10h44   Redação BNews


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Durante a Conferência da ONU para Mudanças Climáticas, em Glasgow, os governos do Brasil, China, Índia e África do Sul se uniram para exigir dos países ricos garantias de acordo sobre o financiamento para países emergentes. Contudo, as negociações estão passando por uma tensão na primeira semana, de acordo com o UOL. A Índia, por exemplo, falou em nome dos quatro países emergentes que os avanços foram insuficientes e a “credibilidade do sistema está ameaçada”. 

Ainda conforme a publicação, a insatisfação ocorreu em razão dos indianos concluírem que os países desenvolvidos sugerirem seminários “vagos e sem compromissos”. Durante a reunião, os emergentes foram claros: sem a questão financeira, as promessas de cortes de emissões de CO2 serão minadas.

Vale lembrar que os governos emergentes querem que uma estrutura seja criada para avaliar o novo patamar da contribuição dos ricos. 

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Na semana passada, o Brasil sinalizou promessas de cortes de 50% de emissões até 2030, propostas similares adotadas por China e outros emergentes.

Em 2009, os governos chegaram a um acordo para garantir uma transferência de US$ 100 bilhões de economias ricas aos pobres para permitir que eles possam agir para reduzir desmatamento e se adaptar às mudanças climáticas. Mas o Brasil, numa proposta submetida na semana passada, apontou que esse valor jamais se transformou em realidade e que, mais de uma década depois, é insuficiente.

Com promessas não cumpridas, as grandes nações emergentes querem que Glasgow feche um acordo para criar um processo institucional para repensar o valor a ser pago e que esse trabalho esteja concluído em 2023. Mas os países ricos se recusam.

A reunião, que foi um espelho da crise na negociação, ainda viu países como Bangladesh, Peru e muitos outros alertar para o risco de um colapso no processo. "Vocês falam em ambição, mas não querem nem definir o financiamento climático ou falar de perdas aos pobres", criticou a delegação da Bolívia. "Como uma real ambição pode ser atingida? Se não aprendermos da história, vamos repeti-la e a história é de promessas quebradas", concluiu.

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