Coronavírus

Toque de recolher: Ambulantes estimam nova onda de prejuízos com restrição na circulação de pessoas

Dinaldo Silva/ BNews
Trabalhadores liberais penam para sobreviver diante revés econômico  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva/ BNews

Publicado em 19/02/2021, às 21h39   Henrique Brinco e Márcia Guimarães


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O toque de recolher que passa a valer a partir das 22h desta sexta-feira (19) na maior parte da Bahia é motivo de frustração para os ambulantes, que, apesar de entenderem a gravidade da situação do coronavírus no estado, penam para sobreviver. 

Eugênia Faustino, 41 anos, está há quase sete anos em Salvador e reclama que tem sido muito difícil conseguir dinheiro até para as despesas básicas. A ambulante vendia bebidas ao lado do marido no Rio Vermelho, mas, por conta da determinação da prefeitura, não pode mais comercializar seus produtos a partir das 17h. Por isso, tem tentado amenizar os prejuízos vendendo balas. 

“Já estamos sendo prejudicados há muito tempo. Não podemos botar nosso cooler mesmo a gente sendo licenciado e era no horário que ganhávamos mais, entre 17h e 23h. Era para terem feito esse lockdown no início e deixarem a gente trabalhar no horário liberado. Antes da pandemia, conseguíamos sobreviver direitinho. Agora, estamos com o aluguel atrasado há dois meses e o dinheiro com as balas só dá pra manter o dia a dia. Está barril”, lamentou Eugênia.

A situação da ambulante Érica, de 23 anos, não está muito diferente. Trabalhando no Rio Vermelho há três anos, ela esperava juntar algum dinheiro depois de tantos prejuízos com os bares e restaurantes fechados durante a pandemia e os turistas evitando visitar a cidade.

“Agora era o momento de fazer algum dinheiro, já que ficamos com os bares fechados, sem trabalhar. Agora é que muitos turistas estão vindo. Então, estávamos tentando recuperar um pouco da economia perdida. O Carnaval, que não tivemos esse ano, era a época em que tirávamos o nosso 13º salário. Sem a ajuda do governo, sem o auxílio emergencial e com o toque de recolher fica muito difícil. Mas não posso é ficar em casa parada, então o jeito é vir trabalhar mesmo sem autorização”, desabafou a jovem.

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