Economia & Mercado
Publicado em 22/02/2021, às 15h35 Nilson Marinho
Os donos de lojas de shoppings centers de Salvador vão ter que se adequar, mais uma vez, às medidas restritivas contra o avanço da Covid-19. Agora, com a ampliação do toque de recolher do governo do estado, os centros de compras passam a funcionar em horário reduzido, das 10h às 19h. A medida deve impactar em cheio as receitas dos empresários que, segundo estimativa do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), Paulo Mota, já estavam sofrendo com as quedas das vendas em janeiro, quando o faturamento foi 15% menor do que no ano passado.
“Essas limitações de faturamento repercutem na dificuldade de geração de receita, e, também, na perspectiva de recuperar empregos, não digo de novos empregos, mas daqueles [trabalhadores] que foram demitidos, então, é uma intranquilidade muito grande. Nós reconhecemos que o problema da pandemia tem se agravado, temos a visão de que isso é um problema sanitário, e que não foi encontrado por parte das autoridades um caminho de enfrentamento que preservasse o nível de emprego e renda. Não são as atividades econômicas que estão gerando a pandemia, é o desrespeito da sociedade às medidas impostas pelas autoridades. O comércio tem cumprido os protocolos sanitários para manter as condições de preservação às vidas”, disse Mota.
Segundo ele, os shoppings da capital baiana, fechados no dia 20 de março e abertos quatro meses depois, estavam se recuperando do período que amargaram de portas fechadas e reorganizando suas vendas.
“Aquele princípio: loja fechada não vende, principalmente shoppings. Não estava existindo uma recuperação, havia um princípio de confiança de nos organizar, termos uma melhor situação econômica dos nossos negócios, projetar compra com fornecedores , projetar o cumprimento de obrigações que estão vencidas. Tudo isso era uma expectativa positiva que a volta do funcionamento vinha trazendo”, completou o presidente do Sindilojas-BA.
Nesta segunda-feira (22), o prefeito Bruno Reis (DEM) afirmou, durante entrevista à TV Record Itapoan, que se os números de novos casos de contaminação e internações pela Covid-19 continuarem crescendo os shoppings, assim como os salões de beleza, academia, bares e restaurantes, podem ser fechados. "Nós não queremos isso, queremos preservar o comércio funcionando, sabemos da importância para a economia da cidade, para a geração de empregos, mas, se necessário, vamos fazer", disse o prefeito.
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