Educação

Mais uma universidade baiana entra em greve

Publicado em 07/04/2011, às 07h10   Patrícia Costa



Nesta quarta-feira (6), os professores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Com isso, agora são duas instituições universitárias baianas que deflagraram paralisação total nesta semana, já que na última terça-feira (5), a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) decidiu cruzar os braços. A paralisação começa a partir desta sexta-feira (8).


Fachada da Uesb

As reclamações são as mesmas: eles protestam contra o decreto nº 12.583 que põe em risco a autonomia das instituições de ensino e restringe o orçamento da universidade. Além disso, a categoria exige a retirada do acordo proposto pelo governo de uma cláusula que determina que os professores e servidores não podem fazer nenhum tipo de manifestação.

Em contato com o deputado estadual Bruno Reis (PRP), vice-presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, ele disse que no caso da Uesb, além das reivindicações acima apresentadas, a greve foi deflagrada devido a situação precária em que se encontra a instituição.

"Na Uesb, a greve foi iniciada pelos alunos em seguida, os professores aderiram ao movimento. Os estudantes protestam contra as péssimas condições de infraestrutura, falta de professores, restaurante universitário, melhoramento nos laboratórios, dentre outros", disse o deputado acresentando que "um aluno consegue estudar com uma carteira quebrada ou algo parecido, mas sem professor isso é impossivel".

Ainda de acordo com Bruno Reis, o decreto estabelece uma série de restrinções às universidades, entre eles, proíbe a contratação de professor substituto, em casos de afastamento para cursos de mestrado e doutorado, que segundo ele, acaba desistimulando quem busca um aperfeiçoamento; corta gastos do governo e deixa estudantes de algumas disciplinas sem aula, além de ferir a autonomia das instituições superiores de ensino.

Preocupado com a essa situação, o parlamentar disse que foi realizada uma audiência pública, na qual foi elaborada um documento, que foi encaminhado ao governador, pedindo a exclusão das universidades para que fiquem de fora desse decreto.

Quanto a resposta de Jaques Wagner, o deputado disse que está aguardando seu pronunciamento. "Caso o governador aceite assinar o acordo o problema será solucionado".

"A participação dos estudantes e professores é muito importante nesse processo. Dentro das medidas legais, eles têm que fazer passeatas, paralisar, fazer greve mesmo para forçar o governo a resolver este problema", incentivou o deputado.

A paralisação da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) está marcada para a próxima quarta-feira (13).

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