Aos cinco anos, o pequeno Bento Santiago já sabe os números, o alfabeto de cor e salteado e até mesmo as cores, em português e inglês. Mas, a sua educação não tem vindo da escolinha, e sim do berço familiar. Isto porque o Colégio Municipal Ministro Simões Filho, no bairro da Liberdade, onde deveria estar estudando, está em reforma desde dezembro do ano passado.
A mãe de Bento, Fernanda Santiago, 28, sabe do valor do estudo e, por isso, indigna-se ao não ver o filho indo para a escola. “As aulas começaram dia 5 de março. Mas, quando ligo para o colégio, eles dizem que está em reforma e não tem previsão de retorno”, contou ao Bocão News.
Estudante de Ciências Sociais, Fernanda fez questão de dizer que o ensino nas escolas municipais já é “defasado, tendo aula normal, imagina sem ter”. Para ela, o atraso no início do curso atrapalha o desenvolvimento educacional. A mãe de Bento conta ainda que procurou outros colégios, mas não encontrou vagas. “Estou ensinando ele em casa e botei no karatê para ocupar o tempo vago”, afirmou.
Ao Bocão News, a Secretaria Municipal de Educação, através da assessoria de imprensa, informou que das 88 escolas que estão em reforma, 68 têm tido aula normalmente, em imóveis alugados ou estão funcionando em conjunto com a reforma. Ainda segundo a secretaria, das 20 escolas em obras nove têm previsão de início das aulas até o dia 23 de março com reposição de conteúdo sem interferência no calendário letivo.
Outros setes colégios voltam às aulas no dia 30 de março. Uma escola retorna em 15 de abril. O Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) tem previsão de início das aulas para o dia 6 abril e outro CMEI retoma no dia 27 de abril. A secretaria não informou os nomes e as localidades das escolas.
Publicada no dia 12 de março de 2015, às 15h
