Educação

Ministério da Educação e os seus polêmicos livros

Imagem Ministério da Educação e os seus polêmicos livros
Fernando Haddad fala das críticas feitas sobre os materiais didáticos  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 18/05/2011, às 19h25   Redação Bocão News




Não se trata de discutir valores entre linguagem erudita e a popular. Mas, se acostumava aprender nas escolas que se deve zelar pelas regras gramaticais básicas da língua portuguesa.

Coisas do tipo "nós vai", "a gente sabemos", são erros gritantes até mesmo para as conversas cotidianas e beira ao analfabetismo.

Apesar disso, não é assim que pensa o ministro da Educação, Fernando Haddad. Pelo menos é o  que se pode entender da sua declaração, nesta quarta-feira (18), de que o Ministério não vai mandar recolher o livro Por uma Vida Melhor, distribuído nas escolas e que permite erros de concordância. A informação é da Agência Estado.

"Já foi esclarecido que as pessoas que acusaram esse livro não tinham lido. Uma pena que as pessoas se manifestaram sem ter lido", disse o ministro.

O MEC (Ministério da Educação) distribuiu o livro pelo PNLD-EJA (Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos) a 484.195 alunos de 4.236 escolas.

Nele, os autores afirmam que o uso da língua popular - ainda que com seus erros gramaticais - é válido, permitindo frases como "nós pega o peixe" ou "os menino pega o peixe".


Mais Polêmicas - O ministro Fernando Haddad também afirmou, nesta quarta-feira (18), que não está descartada possíveis alterações nos polêmicos kit escola anti-homofobia. De acordo com divulgação da Folha Online,  Haddad disse que parte do material recebido pela bancada evangélica da Câmara e divulgado como parte do kit "não saiu do MEC".

Se aprovado pelo ministério, o Kit ( três vídeos sobre transexualidade, bissexualidade e meninas lésbicas) poderá ser repassado para estudantes do ensino médio das escolas públicas. 

As polêmicas não acabam por ai. O MEC também aprovou neste ano a distribuição nas escolas de livro didático que critica a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e exalta a gestão do também ex-presidente Lula (PT). A situação é contraditória  a uma das exigências do próprio MEC de que não haja doutrinação política nas obras utilizadas.
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Informação Agência Estado e Folha OnLine

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