Educação

Enem em Salvador: candidata é proibida de fazer prova por usar bombinha de insulina

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A adolescente de 15 anos faria a prova no Colégio Perfil, em Vilas do Atlântico  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 05/11/2017, às 13h18   Caroline Gois


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Uma adolescente de 15 anos foi proibida de realizar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) por usar uma bombinha de insulina. Isabel Coutrim Femtames tem Diabetes tipo I, segundo relatou a tia da candidata ao BNews.

De acordo com a tia, Isabela faria a prova no Colégio Perfil, no bairro de Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. "Ela chegou acompanhada do pai e relatou a existência do aparelho, sendo orientada a realizar a prova em uma sala separada. Enquanto aguardava a prova, a coordenadora de aplicações de provas do colégio informou que ela não poderia realizar o exame por conta do aparelho, após consultar Brasília sobre o fato", contou. 

Ainda segundo a tia, que preferiu não ser identificada, a estudante teria dito que poderia desligar o aparelho por até, no máximo, um hora. Entretanto, a coordenadora afirmou que ainda não seria possível e pediu a retirada da candidata do colégio. "Isso é um absurdo. Ela não pode ficar sem o aparelho. Quando ela precisou sair fomos pegar ela na escola. Agora ela está prejudicada", afirmou a tia. 

No site do Enem - https://enem.inep.gov.br - é possível observar algumas orientações e o tópico que diz "O Enem é para todos". Nele, são citadas situações como Autismo, Baixa visão, Cegueira, Deficiência auditiva, Deficiência física, Deficiência intelectual (mental), Déficit de atenção, Discalculia, Dislexia, Surdez, Surdocegueira, Visão Monocular, Gestante, Idoso, Lactante, Estudante em Classe Hospitalar, Outra Situação Específica. Não foi encontrada informação sobre diabéticos e o uso de aparelhos eletrônicos como as bombas de insulina durante a aplicação da prova.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), vinculado ao ministério da Educação e responsável pelo Enem, para obter informçaões sobre o caso. A assessoria afirmou que irá apurar a situação e dará retorno sobre o fato.

Ao BNews, o Colégio Perfil, por meio da assessoria de comunicação, lamentou o fato e explicou que toda a responsabilidade pela aplicação das provas no local é do Inep. "Lamentamos o ocorrido neste domingo (05) com a aluna Isabel Coutrim e informamos que o Colégio Perfil apenas cede o espaço para o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) realizar as provas do ENEM. Todos os funcionários e colaboradores presentes, assim como a aplicação das provas e regras estabelecidas, são de responsabilidade do INEP", diz a nota emitida pela unidade educacional.

Atualizada às 19h31

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