Educação

Apub minimiza relação entre protesto contra cortes e centrais sindicais: “Organização dos estudantes"

Vagner Souza/ BNews
Para Raquel Nery, protagonismo dos atos desta quinta é dos estudantes  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 30/05/2019, às 10h31   Marcos Maia e Bruno Luiz


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A presidente do Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub), Raquel Nery, afirmou que a manifestação de estudantes contra cortes do governo Bolsonaro no orçamento de universidades e institutos federais não tem relação direta com as centrais sindicais. Vale lembrar que a instituição é filiada à Central Única dos Trabalhadores na Bahia (CUT-BA), a maior do país.

Em entrevista ao BNews, Raquel defendeu que o protesto desta quinta-feira (30) foi organizado pelos próprios estudantes, e não por movimentos sociais. No primeiro ato nacional contra o contingenciamento, realizado no dia 15 de maio, o presidente Jair Bolsonaro chegou a chamar os manifestantes de “idiotas úteis” e “massa de manobra” de “militantes”. A declaração provocou indignação na classe estudantil e demais participantes do movimento. 

“A gente espera que ela [a manifestação desta quinta] seja a continuidade do que vinha sendo feito. É uma movimentação que foi puxada pelos estudantes. A rua tem cheiro de estudante, balbúrdia de estudante, barulho de estudante, conversa de estudante, claro que com apoio dos estudantes, das entidades, mas o protagonismo é deles”, afirmou, em entrevista ao BNews, durante participação no protesto, que começou com concentração na frente do prédio da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Canela.

Ainda de acordo com ela, o fato de as centrais sindicais não terem se engajado de maneira mais direta no ato será um “teste” para a capacidade de mobilização estudantil -  a expectativa é de que os protestos desta quinta reúnam mais gente em relação aos feitos no dia 15.

“No fim das contas, quando a gente olha do ponto de vista no numérico, o que a gente vai perceber é a força de mobilização da juventude. É um teste, não temos como negar isso. As entidades estão organizadas, apoiaram, impulsionaram o movimento, mas, de fato, o protagonismo, inclusive, a chamada para os protestos do dia 30 dentro do movimento estudantil [veio dos estudantes]. Dar a esse 30 de maio a cor dos movimentos sociais, das centrais sindicais talvez descaracterize um pouco”, defendeu. 

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