Educação

Professores das universidades estaduais pedem inclusão de emenda sobre repasse de receita às instituições na Lei Orçamentária

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A emenda ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) obriga o estado a repassar 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as universidades estaduais  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Aduneb

Publicado em 29/10/2019, às 20h39   Redação BNews


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Representantes do Fórum das Associações de Docentes das Universidades Estaduais da Bahia se reuniram nesta terça-feira (29) com o deputado estadual Targino Machado (DEM), líder da oposição na Assembleia Legislativa do estado (AL-BA), para discutir a pauta de reivindicações da categoria junto ao governo. Entre os pedidos está o apoio para uma emenda ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para obrigar o estado a repassar 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as universidades estaduais.

Nos últimos quatro anos, este percentual foi menor do que 5%. Segundo Jucélio Dantas, coordenador da Associação dos Docentes da Uefs e representante do fórum, o percentual de 7% foi apontado por estudos realizados pelas entidades. 

"Com esse valor, as universidades podem funcionar com qualidade, garantindo o funcionamento dos serviços e a permanência estudantil e com maior condição de absorver alunos", disse, ao destacar as dificuldades enfrentadas pelas instituições por conta da falta de recursos. Segundo ele, por exemplo, cursos como o de agronomia da Uefs estão sem condições de realizar atividades de campo, fundamentais para a formação dos estudantes, por conta da falta de recursos. 

Outro ponto é a falta de avanço da mesa de negociações entre a categoria e representantes do governo do estado. Uma das reinvidicações deles é quanto à promoção de docentes, cuja lista divulgada pelo governo eles afirmam está incompleta e fora da ordem enviada pelas universidades. Até agora, diz o fórum, o governo publicou apenas a lista da Uneb, que deveria conter 99 promoções e não seguiu a ordem dos professores que estão na lista de espera.

Além disso, os professores também apresentaram o ponto relacionado à dedicação exclusiva. O governo quer elevar de 8 horas-aula para 12 horas-aula semanais a carga horária para professores com dedicação exclusiva. Com as 8 horas, os professores realizam atividades de pesquisa e extensão, o que pode ser inviabilizado com o aumento da carga horária para 12 horas. 

"Nós recebemos os professores e ouvimos atentamente suas reivindicações. A pauta é urgente e precisa ser debatida, pois os cortes estão afetando o funcionamento das nossas universidades estaduais. Pretendemos, na Assembleia, dar voz a estes pleitos e fazer com que as negociações avancem, principalmente no que diz respeito ao orçamento para as instituições", frisou Targino Machado, após o encontro.

Classificação Indicativa: Livre

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