Educação

Secretários de Educação falam em "diálogo" após nomeação do novo chefe do MEC

Suâmi Dias/SEC-BA
Ribeiro substitui Carlos Alberto Decotelli, que nem chegou a tomar posse como ministro da Educação, após ser revelado pela imprensa que o professor mentiu em seu currículo  |   Bnews - Divulgação Suâmi Dias/SEC-BA

Publicado em 10/07/2020, às 20h04   Pedro Vilas Boas


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A expectativa dos secretários estadual e municipal de Educação, Jerônimo Rodrigues e Bruno Barral, respectivamente, para a chegada de Milton Ribeiro no Ministério da Educação é que haja espaço para o diálogo. O presidente Jair Bolsonaro nomeou o pastor nesta sexta-feira (10).

Na avaliação de Barral, a escolha de Bolsonaro por Ribeiro sinaliza uma escolha pelo diálogo. "Pode ser bom, porque a Educação precisa de diálogo", afirmou, em entrevista ao BNews.

Ribeiro substitui Carlos Alberto Decotelli, que nem chegou a tomar posse como ministro da Educação, após ser revelado pela imprensa que o professor mentiu em seu currículo, e ainda não havia concluído seu doutorado.

"Currículo louvável, tem formação, mestrado, tem vivência em Educação, mas ele não tem experiência no Executivo. Eu acho que pode ser um problema, se demorar de 'virar a chave'. Mas tem predicados curriculares que podem ajudar e vivência do governo federal, pra entender os caminhos que deve seguir", disse Barral.

De acordo com o portal UOL, o pastor presbiteriano é membro da Comissão de Ética Pública, ligada à Presidência da República. Foi nomeado por Bolsonaro para o cargo em maio de 2019. Seu mandato na comissão vai até 2022.

Já Jerônimo faz uma fala mais incisiva. O secretário pede diálogo do MEC com os estados e municípios, apesar de admitir ter uma dificuldade em sua expectativa. 

"Diante de tantos tropeços do Governo Federal até aqui na gestão do MEC, que agora vai para o quarto ministro em menos de dois anos de mandato, a expectativa é a de que o novo dirigente do MEC tenha a capacidade de diálogo com os estados e municípios, conforme determina a Constituição Federal, e que seja capaz de dar respostas rápidas para os problemas da Educação no país, agravados nos últimos meses. Mas esperar algo deste governo é um exercício de otimismo", afirmou. 

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