Educação

Governo Bolsonaro quer aprovar ensino domiciliar no 1º semestre de 2021

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A presidência da Câmara designou a deputada federal Luisa Canziani (PTB) para relatar o projeto. Ministros da Educação e da Mulher, Família e Direitos Humanos disputam protagonismo no processo   |   Bnews - Divulgação Reprodução/Alan Santos PR

Publicado em 21/03/2021, às 16h45   Redação BNews


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O governo Jair Bolsonaro (sem partido) pretende aprovar  ainda no 1º semestre deste ano, no Congresso, a regulamentação do ensino domiciliar no País.

De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo neste domingo (21), já existe um acordo com lideranças da Casa para que o projeto de lei siga para apreciação do plenário, sem passar pela Comissão de Educação.

Também segundo o periódico, o protagonismo no processo  abriu uma ​disputa entre os ministros Milton Ribeiro e Damares Alves - dos ministérios da Educação e da Mulher, Família e Direitos Humanos, respectivamente. 

Com bom trânsito no Congresso, Damares encaminhou ainda em 2019 um projeto de lei para o Legislativo. Agora, Ribeiro, que é pastor, tenta agora maior diálogo com parlamentares para se colocar como ator importante na questão.

A Câmara acumula oito projetos de lei sobre o tema, apresentados desde 2012. Pauta histórica de grupos religiosos, viabilizar o  homeschooling seria um aceno do governo à sua base de apoio. 

"O governo publicou lista de prioridades e lá está o homeschooling e outras pautas conservadoras, de costumes. É a prioridade e vamos aprovar", diz o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP). 

Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o ensino domiciliar não é inconstitucional. Contudo, sua oferta depende de regulamentação legislativa. Segundo apuração da Folha, o novo texto prevê, por exemplo, que um dos pais ou responsáveis tenha ensino superior completo ou ao menos esteja cursando faculdade.

A presidência da Câmara designou a deputada federal Luisa Canziani (PTB) para relatar o projeto.  Ela avalia que sua missão na relatoria é mostrar que esta não se trata apenas de uma pauta ideológica, mas sim liberal.

 "É uma pauta liberal, de direitos humanos, para assegurar o direito das crianças e regulamentar os deveres das famílias [que optam pela modalidade]", afirmou.

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